27/11/2010 14h02 - Atualizado em 16/01/2019 12h49

Visite o Espaço Cultural Bandes e conheça as Colheres de Bambu

Cerca de 300 diferentes colheres feitas de bambu estão expostas até o dia 17 de dezembro, no Espaço Cultural Bandes, no Centro de Vitória. A exposição “Colheres de Bambu”, do artista Alvaro Abreu, pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 09 às 17 horas, com entrada franca.

Alvaro Abreu, que é mestre em engenheira de produção e foi professor da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), começou a fazer as peças depois de ter sofrido um infarto. Ao todo, já fez quase quatro mil peças, que não são comercializadas. Segundo o artista, seu maior desafio é fazer surgir uma peça a partir de qualquer pedaço de bambu. “Não há um projeto, simplesmente encontro e corrijo todo tipo de defeito de forma e textura”, explica.

De acordo com o diretor-presidente do Bandes, José Antonio Bof Buffon, não fosse o acidente de percurso impactante, o infarto, e a recomendação médica de uma vida mais calma, “certamente só conheceríamos os atributos intelectuais de Alvaro Abreu”, que já trabalhou durante quatro anos para o Bandes. “Ao inquieto e criativo formulador de políticas e projetos, revelou-se o irreverente artista e suas belíssimas colheres de bambu”, elogia.

Buffon conta que há cinco anos insistia com Álvaro para fazer a exposição. “Depois de recorrentes negativas, ele concordou em nos dar o privilégio de expor sua arte no Espaço Cultural Bandes. Espero que todos usufruam desta rara oportunidade”, ressalta.

De Vitória para o mundo

As colheres de bambu de Alvaro Abreu já foram expostas pelo Brasil afora e até em Munique, na Alemanha, e Viena, Áustria, entre outros lugares. As peças ficaram famosas na imprensa do exterior também: foram capa de uma revista alemã, matéria de uma revista argentina e até capa do catálogo de uma das exposições na Alemanha.

Em 2008, Alvaro participou da Exposição Coletiva 7+ 1, no Museu Vale, em Vila Velha. Ele afirma, porém, que as peças que estão no Espaço Cultural Bandes são diferentes das já expostas. “O interessante, inclusive, é que não dá para saber qual foi a primeira e qual foi a última colher que fiz. Visualmente, elas não têm aspecto de velha”, conta.

Planta sagrada

No Oriente, onde é usado há pelo menos 3.760 anos, o bambu sempre foi considerado uma planta sagrada. Dizem que seu interior oco é um compartimento de pureza. Ele é parente da grama, o que significa que, cortado, cresce de novo, sem necessidade de replantio. A remoção das hastes maduras é que o impele a emitir novos brotos, fortes e saudáveis.

Em tempos em que a sustentabilidade se tornou um imperativo, destaca-se também que essa planta atua como um filtro para a atmosfera, por conta de seu metabolismo acelerado, que o torna um campeão de sequestro de carbono. Enfim, é uma matéria-prima que conjuga resistência, flexibilidade e durabilidade.

Sobre o artista

Alvaro Abreu nasceu em Cachoeiro de Itapemirim. É engenheiro mecânico e mestre em engenharia de produção, foi professor da Ufes, técnico em desenvolvimento tecnológico do CNPq, trabalhou no Bandes durante quatro anos e é empresário. Casado há 38 anos, é pai de cinco  filhos e tem três netos. Escreveu o livro “Crônicas do Meu Primeiro Infarto”, aos 46 anos, e começou a fazer colheres aos 47.

Serviço
Exposição “Colheres de Bambu"
Espaço Cultural Bandes
Local: Av. Princesa Isabel, 54, Térreo, Centro, Vitória.
Visitação: até 17 de dezembro
De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h
Entrada franca



Informações à Imprensa:
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