Valor Bruto da Produção Agropecuária do Espírito Santo bate recorde histórico e chega a R$ 31,2 bilhões
O setor agropecuário capixaba teve um desempenho histórico em 2024. O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) do Espírito Santo atingiu R$ 31,2 bilhões, o maior da série histórica, segundo a nova edição do Boletim da Conjuntura Agropecuária Capixaba, publicado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper). O resultado representa um crescimento expressivo em relação a 2023, quando o valor apurado foi de R$ 22,8 bilhões.
O VBP é calculado com base no volume da produção e nos preços médios recebidos pelos produtores rurais. Na prática, esse indicador econômico mostra quanto a agropecuária gerou de riqueza “dentro da porteira” e serve como termômetro para acompanhar o desempenho do setor, orientar políticas públicas e apoiar o planejamento de produtores e investidores.
O crescimento em 2024 foi impulsionado principalmente pela cafeicultura, que alcançou participação recorde no VBP: 52,7%, o equivalente a mais de R$ 16,4 bilhões. O desempenho foi impulsionado pelo aumento da produção e por preços historicamente elevados, tanto para o café conilon quanto para o arábica, além de exportações que bateram marcas inéditas.
Outros produtos também se destacaram com valorizações expressivas. O cacau registrou um salto histórico: o valor bruto da produção passou de R$ 185,5 milhões em 2023 para R$ 543,5 milhões em 2024 — crescimento impulsionado pela crise global de oferta, que elevou os preços internacionais da amêndoa e valorizou o produto capixaba.
A pimenta-do-reino manteve preços elevados e estabilidade na produção, garantindo uma participação de 7,15% no VBP, o que representa mais de R$ 2,23 bilhões. Essa performance foi favorecida pela agregação de valor ao produto e pela diversificação dos mercados compradores.
Já o gengibre consolidou-se como uma das hortaliças de maior valor agregado do Espírito Santo. Em 2024, o produto movimentou mais de R$ 317 milhões, com alta significativa na receita gerada para os produtores, reforçando o papel das hortaliças especiais no portfólio agrícola capixaba.
No ranking da participação no VBP, além da cafeicultura (52,7%), aparecem com destaque a fruticultura (11,7%), a olericultura (8,2%), a pimenta-do-reino (7,15%) e a produção animal (16,68%). Algumas cadeias, como mamão, maracujá e milho, registraram retração, influenciadas por preços menores e condições climáticas desfavoráveis.
O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, destacou o papel estratégico do VBP para a gestão do setor.
“O Valor Bruto da Produção Agropecuária é mais que um número, é o termômetro que mostra a força do campo na nossa economia e orienta as decisões para fazer o agro capixaba crescer. No PEDEAG 4, ele é a meta e o guia para alcançarmos R$ 35 bilhões até 2032, com crescimento de 45% em relação a 2022. É essa ferramenta que nos permite acompanhar cada cadeia produtiva, entender os desafios de cada região e investir de forma inteligente para que todos avancem juntos”, afirmou Bergoli.
"A agropecuária é um pilar da economia capixaba, e conhecer o desempenho de cada cultura é essencial para orientar investimentos e ações. Este boletim traduz, em números, o trabalho de milhares de produtores e a força do campo no Espírito Santo, apoiados pela pesquisa e pela extensão rural", diretor-geral do incaper, Alessandro Broedel.
O Boletim da Conjuntura Agropecuária Capixaba é elaborado a partir de levantamentos estatísticos consolidados na Reunião Estadual das Estatísticas Agropecuárias (REAGRO-ES), coordenada pelo IBGE, e complementado por pesquisas do próprio Incaper e de outras instituições.
A publicação está disponível gratuitamente no portal da Editora Incaper: https://editora.incaper.es.gov.br/boletim-conjuntura.
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