Unidade prisional realiza exposição em alusão ao Dia da Consciência Negra
A Penitenciária Semiaberta de Vila Velha (PSVV) realiza, nesta terça-feira (18), a 2ª Exposição PSVV, uma mostra interdisciplinar produzida com a participação de 180 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Cora Coralina, que funciona dentro da unidade prisional.
A atividade integra ações em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, e reúne trabalhos desenvolvidos ao longo do semestre dos turnos matutino e vespertino. A proposta busca estimular reflexão, valorização da história e cultura afro-brasileira, além do desenvolvimento de práticas sustentáveis e criativas.
Entre os trabalhos apresentados estão maquetes, cartazes, quadros temáticos e máscaras, produzidos com materiais recicláveis, principalmente papelão, reforçando a importância da sustentabilidade. A programação inclui ainda paródias inspiradas na melodia do congo capixaba, elaboradas nas aulas de Sociologia e Mundo do Trabalho, com contribuições diretas dos estudantes do Ensino Médio.
Para a pedagoga da EEEFM Cora Coralina, Angélica Alves Marinheiro, a exposição é resultado do esforço conjunto que fortalece o aprendizado e amplia a visão crítica dos alunos.
“Trabalhar a Consciência Negra de forma interdisciplinar permite que o estudante compreenda o tema de maneira integral, conectando arte, cultura, direitos, sustentabilidade e identidade. Toda a equipe escolar se envolveu no processo, e o resultado é uma mostra rica, criativa e profundamente significativa. É um orgulho ver o protagonismo dos nossos alunos em cada etapa”, destacou.
O corpo docente da unidade prisional explicou o caráter multidisciplinar e o envolvimento das disciplinas na mostra. “Trazer a cultura capixaba para este território reforça a importância e outras perspectivas que a educação e a cultura podem possibilitar”, afirmou o professor de Sociologia, Elizio Spadetto Borini.
“A cada detalhe das maquetes, vimos a Matemática ganhar vida, mostrando que ela não está apenas nos números e formas, mas também na arte, na organização e na capacidade de trabalhar em equipe”, destacou o professor de Matemática, Mário Azevedo.
“A mostra funcionou como uma ponte entre a ancestralidade e o futuro sustentável em que desejamos, no qual vai além da cultura e busca reconhecer as práticas sustentáveis”, pontuou a professora de Ciências, Jheniffer Victorino.
Educação e segurança
A diretora da Penitenciária Semiaberta de Vila Velha (PSVV), Grazielli Criptan Murari da Cunha Porto, ressaltou a relevância da iniciativa no contexto da política de ressocialização e o impacto positivo da integração entre educação e segurança.
“Quando promovemos arte, cultura e conhecimento dentro do sistema prisional, abrimos caminhos para que cada aluno desenvolva novas perspectivas de vida. A exposição simboliza exatamente isso: educação como eixo central da ressocialização”, frisou.
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