O violonista Maurício de Oliveira completaria 100 anos neste sábado (19) e, para marcar a data, a Fundação Carmélia está preparando programação especial tanto na TVE quanto na Espírito Santo FM 89.1. Na rádio, onde o músico muitas vezes se apresentou no estúdio, as comemorações têm início nesta quinta-feira (17), com uma seleção de músicas do artista a partir do meio-dia, com curadoria da programadora Karine Nunes. A playlist será repetida no sábado (19), no mesmo horário.

O ponto alto das homenagens, porém, será a edição especial do programa ‘O Choro é Livre’, no próximo domingo (20), às 10 horas. Além de falar da vida e obra do mestre, o jornalista, produtor e apresentador Francisco Velasco vai receber o violonista e compositor Tião de Oliveira, filho do músico, e Antônia Oliveira, pianista filha de Tião e neta de Maurício.

“O tributo a Maurício de Oliveira, essa figura tão importante no cenário musical do Brasil, não cabe em um só programa. Na verdade, eu estou festejando seu centenário desde que ‘O Choro é livre’ estreou, em fevereiro, com uma seleção de choros de sua autoria e 20 participações de artistas capixabas, que, ao longo desses meses, tocaram uma ou duas músicas suas em cada edição, celebrando seu legado”, destaca Velasco, lembrando que o nome do programa é em referência a uma música do artista.         

Na TVE, as honrarias ao gênio do violão começam nesta quarta-feira (16), quando a emissora exibirá um episódio do programa ‘Memória Capixaba’ dedicado ao artista. O material foi gravado nos anos 1990 e é parte do TVE Acervo. 

Já na sexta-feira (18), Francisco Velasco vai participar ao vivo do TVE Revista, falando sobre o artista, e também haverá a entrevista com dois músicos que conheceram Maurício: Fernando Duarte e Bruno Mangueira. Já no sábado (19), às 22 horas, a TVE irá exibir o documentário “Pescador de Sons”, lançado por Cloves Mendes em 2007 e escrito a partir do livro de Marien Calixte.  

O diretor de Conteúdo e Programação da Fundação Carmélia, Hugo Reis, recorda que, além da democratização da informação, a preservação da memória cultural é um dos nortes da comunicação pública. “Maurício de Oliveira tem uma importância ímpar na música. Seu centenário agora é um pretexto para nos aprofundarmos em sua obra, mas fazemos questão que sua contribuição cultural seja lembrada constantemente nas nossas emissoras”, destaca. 

Nascido em Vitória em 1925, Maurício de Oliveira faleceu em setembro de 2009. Além de músico e compositor, foi professor de violão e diretor do que é hoje a Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames). 

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