30/08/2010 14h19 - Atualizado em 22/01/2019 14h03

Três alunos da rede estadual vão participar do Programa Parlamento Juvenil do Mercosul

Três alunos do Ensino Médio da rede estadual de ensino estão classificados para o Programa Parlamento Juvenil do Mercosul.  Participaram da seletiva estadual alunos de 14 a 17 anos que produziram um artigo relato com o tema “O Ensino Médio que queremos”, dando destaque a assuntos como inclusão educativa, os jovens e o trabalho, participação cidadã, direitos humanos e temas vinculados à diversidade de raça, etnia e gênero.

Os alunos selecionados irão participar de 13 a 16 de setembro de um evento seletivo nacional em Brasília e, classificando-se, poderão também participar no evento final internacional, em outubro, que será no Uruguai. No Brasil, o projeto está sendo apoiado pelo Ministério da Educação (MEC), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Observatório Jovem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

A Escola Estadual Professora Ana Portela de Sá, em Vila Pavão, vai ser representada pelo aluno Eduardo Mariano Costa. Segundo a diretora Creuza Cosky, a escola está muito orgulhosa com o resultado. “Procuramos incentivar os alunos a participarem de atividades extracurriculares. É importante que trabalhem questões sociais, assim, além do aprendizado próprio, terão uma maior possibilidade de contribuição para a comunidade.”

Para Eduardo, a ajuda dos professores foi essencial. “Pesquisei muito sobre os assuntos e aprendi a fazer projetos de lei. No meu artigo dei maior enfoque às questões da reciclagem de ensino: uma interação que transforma conhecimento em experiência com o objetivo de resgatar, principalmente, aqueles jovens que não gostam de estudar.”

Outra aluna selecionada para a etapa nacional do Parlamento Juvenil do Mercosul é Jarlaine Prando Souza, da Escola Estadual Maritta Motta Santos, em São Mateus. Ela afirma que seu artigo relato foi baseado no que ela observa no cotidiano escolar. “Escrevi sobre o desinteresse dos alunos pelo ensino. Muitas vezes isso vem de casa. Às vezes, os alunos chegam em casa pedindo atenção com deveres e os pais negam. A educação que os pais passam influencia muito.”

Segundo a diretora Luciene Vicente Carvalho, o artigo de Jarlaine foi escolhido por que aponta a realidade dos alunos. “Se a família está com problemas isso reflete na escola. Eles trazem isso para a sala de aula e é importante ter um trabalho conjunto entre família e escola.” Luciene ainda comenta sobre a escolha da estudante para representa-los no Parlamento. “É um prazer imenso. A satisfação de ver os alunos se interessando por temas sociais com consciência dá muito orgulho”, comemora.

Já a Escola Estadual Presidente Getúlio Vargas, de Cachoeiro de Itapemirim, será representada pela aluna Rafaela de Ávila Pimentel, que conta no seu artigo as dificuldades dos alunos em ter na escola temas diferenciados. Para o professor Rômulo Farias de Oliveira, que auxiliou a aluna selecionada, o concurso é uma forma de reconhecimento dos estudantes que se preocupam com os rumos da política nacional.

“Participar do concurso é uma atitude cidadã. Discutir os aspectos que envolvem a Educação e, quem sabe, ver todo esse pensamento dos jovens transformado em ações efetivas, é uma grande conquista para nós, professores.” Para a diretora Marta Magnago é um orgullo ver os alunos envolvidos em programas como o parlamento. “Para o aluno é um crescimento enorme e a escola fica muito feliz em ser representada.”

O Programa Parlamento Juvenil do Mercosul é um projeto de participação juvenil que teve origem no Uruguai e é apoiado por países como Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai e Venezuela. O objetivo é contribuir para a formação política e cidadã dos jovens, dando-lhes ferramentas para que possam participar ativamente de grupos e comunidades que promovam a cidadania.



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Texto: Gustavo Rosa
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