07/08/2017 16h20

Treinamento das equipes do Samu 192 usa tecnologia de ponta para reproduzir situações do dia a dia

Acidentes de trânsito, trabalho de parto, falta de ar, intoxicação, tentativas de suicídio, casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto. Essas são algumas das situações que acontecem no dia a dia e carecem da atuação das equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192).

 

E para garantir excelência na atenção às urgências e emergências, o Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Samu realiza treinamentos contínuos com as equipes de intervenção e regulação médica, por meio de uma abordagem prática dos diversos agravos que rotineiramente se deparam durante o desenvolvimento das suas atividades profissionais diárias.

 

Os treinamentos das equipes de intervenção são realizados no Centro de Habilidades e Simulação Realística Vitória Grand Tech – Emescam, e utiliza manequins e equipamentos modernos que permitem a reprodução das condições em que os profissionais do SAMU 192 encontram nos atendimentos efetuados no serviço.

 

De acordo com a pediatra e coordenadora médica do Samu, Gisele Nascimento Loureiro, esses treinamentos têm o objetivo de atualizar o profissional em relação a equipamentos e procedimentos, e também uma forma de trocar experiências do dia a dia. “São quatro dias de cursos para cada turma, sendo estas formadas por médicos e enfermeiros. Os cursos são em módulos: atendimento em parada cardiorrespiratória; manejo da via aérea; taquiarritmias e bradiarritmias; e imobilização”, explicou.

 

Segundo a coordenadora geral do Samu 192, Julianna Vaillant Louzada Oliveira, os temas são selecionados de acordo com a competência de cada função, considerando os agravos à saúde de grande relevância e comuns ao dia a dia, e valorizando a importância da interação multiprofissional da assistência às urgências e emergências, seguindo as diretrizes do Ministério da Saúde.

 

Ainda de acordo com a coordenadora, entre os meses de março e junho deste ano, já passaram por uma formação de atualização nos atendimentos, por meio dos treinamentos propostos, 117 profissionais do SAMU que atuam nas funções de médico, enfermeiro, técnico em enfermagem e motorista socorrista.

“Outros grupos já estão agendados para os próximos meses no intuito de contemplar toda a equipe do serviço”, disse.

 

Ela destacou ainda que outra forma de qualificação dos profissionais acontece por meio da aquisição de cursos reconhecidos de relevância para as atividades. “Além das atividades internas, o NEP do Samu 192 desenvolve treinamentos em empresas, escolas, faculdades e outras instituições, para os integrantes dessas organizações, visando à difusão de competências básicas que culminará no atendimento precoce ao paciente gravemente enfermo, além de fornecer um entendimento necessário para o acionamento do SAMU 192 àquele que é um dos principais responsáveis pelo sucesso da assistência, o solicitante”, destacou.

 

Saiba mais

Municípios atendidos pelo Samu 192: Vitória, Vila Velha, Serra, Fundão, Cariacica, Viana, Guarapari, Piúma, Anchieta, Marechal Floriano, Domingos Martins, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, Itaguaçu, Afonso Cláudio, Venda Nova do Imigrante e Brejetuba.

 

Tipos de Ligações recebidas (de janeiro até junho/2017)

Total de ligações 445.798

Informações 311.066

Trotes 77.357 (17,35%)

Regulações Médicas 57.375

Envio de ambulâncias e transferências 23.948

 

Acidentes de trânsito (de janeiro até junho/2017)

Moto: 2.954

Automóvel: 2.481

Bicicleta: 671

Atropelamento: 745

Total: 6.851

 

Como funciona o SAMU 192?

O atendimento do SAMU 192 começa a partir do chamado telefônico. O serviço pode ser acessado gratuitamente pelo número 192, a partir de qualquer telefone, fixo ou móvel. A ligação é atendida por Telefonistas Auxiliares de Regulação Médica, que identificam a emergência e coletam as primeiras informações sobre as vítimas e sua localização. Em seguida, as chamadas são remetidas ao Médico Regulador, quepresta orientações às vítimas e aciona as ambulâncias quando necessário.            

As ambulâncias são distribuídas estrategicamente, de modo a otimizar o tempo entre os chamados da população, o atendimento pré-hospitalar e o encaminhamento aos serviços hospitalares de referência como pronto-atendimentos e hospitais. 

 

 

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