Teleconsultas no SUS: uso da tecnologia beneficia mais de 20 mil capixabas no primeiro semestre do ano
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“Foi uma experiência muito boa, só de economizar e não precisar me deslocar para Cachoeiro de Itapemirim ou para Vitória. Antes, a gente precisava sair de madrugada e chegava em casa à noite, perdia um dia para ir na consulta. E minha neta até disse, ‘nossa, vovó!, que bom que a gente não precisa viajar, é tão pertinho’”, esse foi o relato da usuária do Sistema Único de Saúde (SUS) Elisa Boecker da Rocha, avó da pequena Ana Lívia, de 13 anos, que há um mês realizou a primeira teleconsulta em neuropediatria no próprio município, em Afonso Cláudio.
As teleconsultas vêm se consolidando com uma das ferramentas importantes na garantia do acesso ao cuidado. No Espírito Santo, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesa), concluiu a implementação do serviço de teleconsultas em especialidades médicas em todos os 78 municípios neste primeiro semestre. O projeto, iniciado em janeiro deste ano e implementado nos municípios de forma gradual, já alcançou mais de 20 mil pessoas, que, assim como as usuárias Elisa Boecker da Rocha e Ana Lívia, de Afonso Cláudio, celebram não só a comodidade e segurança, com serviço ofertado próximo de casa, mas também o atendimento em especialidades que historicamente o SUS tem dificuldade em contratualizar.
“O caminho da teleconsulta é importantíssimo para levarmos saúde de alta complexidade aos municípios do interior. As teleconsultas nos têm possibilitado disponibilizar a consulta de um gastro, ou de um neuro, por exemplo, que está em outro estado e que atende os capixabas. E isso é muito importante porque são especialidades difíceis de serem encontradas, mas quando temos a tecnologia ao nosso favor, a gente consegue trazer gente do Brasil inteiro e até do mundo que podem atender os capixabas com qualidade”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann.
A teleconsulta é uma consulta médica realizada remotamente, utilizando tecnologias digitais como videochamadas ou plataformas on-line para conectar pacientes e profissionais de saúde. No Estado, elas acontecem em serviços de saúde referenciados por cada município e contam com o acompanhamento de um profissional de enfermagem durante a consulta para auxiliar o paciente em caso de dúvidas.
O serviço já conta com 19 especialidades médicas, que são ofertadas conforme a demanda de cada município, sob a coordenação das Superintendências de Saúde. São elas: angiologia, dermatologia, ortopedia, cardiologia, endocrinologia, hematologia, otorrinolaringologia, neurologia, psiquiatria, gastroenterologia, urologia, geriatria, proctologia, nefrologia, neurologia pediatria, psiquiatria pediatria, cardiologia pediatria, otorrinolaringologia pediatria e ortopedia pediatria. O montante contratado pela Sesa para todas as regiões prevê investimentos de R$ 16,6 milhões para a oferta de 250 mil consultas em especialidades médicas.
“Foi a primeira vez que a gente foi e estou explicando para as pessoas como é, pois elas ficam curiosas. Foram quase cinco anos de espera e agora conseguimos. Gostei muito da médica e consegui entender tudo. Falei que a gente conversa ao vivo com o médico. E, para todos que eu falei da teleconsulta, gostaram e querem que a deles sejam assim também. Agora temos um retorno em 90 dias”, contou Elisa Boecker da Rocha.
Ainda segundo o secretário Tyago Hoffmann, além de garantir o acesso, as teleconsultas fazem parte da estratégia da Sesa de aumentar a oferta do cuidado especializado e reduzir o tempo de espera. “Estamos todos comprometidos, desenvolvendo ações por meio de um plano de ação para que consigamos, em um trabalho de corresponsabilização, levarmos mais dignidade ao cidadão, e as teleconsultas fazem parte deste plano, com a nossa gestão de oferta e expansão”, pontuou Hoffmann.
Regionalização do acesso e descentralização dos serviços: os benefícios aos cidadãos
Por meio das teleconsultas, o Espírito Santo tem fortalecido um dos princípios organizacionais do Sistema Único de Saúde (SUS), que é a descentralização dos serviços. A descentralização visa transferir a gestão e a responsabilidade da saúde entre todos os entes.
Com as teleconsultas, cada um tem a sua responsabilidade e dever. Cabe ao Estado, por meio da Sesa e das Superintendências Regionais de Saúde, a contratação das especialidades, com a gestão da oferta. Aos municípios, a disponibilidade das salas equipadas e a capacitação dos profissionais de saúde que fazem o acompanhamento dos pacientes durante as consultas. Já ao cidadão, o comprometimento de comparecer.
O foco na descentralização dos serviços auxilia ainda no fortalecimento da política de regionalização do acesso, uma vez que a implementação em todos os municípios se deu de forma descentralizada, sendo coordenada pelas Superintendências Regionais de Saúde, em parceria com as secretarias municipais de Saúde, onde cada regional é responsável pela contratação de especialidade, seguindo, principalmente, as maiores demandas das regiões que atendem e oferta aos municípios que a compõem. Com a regionalização, os serviços passam estar cada vez mais próximos dos cidadãos.
“Iniciamos todo esse processo com a perspectiva de poder ofertar, além do cuidado, um maior conforto e segurança. Hoje, olhando para os seis meses de serviço, com todos os municípios atuando em parceria conosco para trazer o melhor ao cidadão capixaba, vimos o quão acertado foi a nossa decisão. São mais de 20 mil capixabas atendidos próximos de suas residências, sem precisar pegar a estrada para acessar a um serviço na Grande Vitória, por exemplo. São capixabas que, perto de suas casas, estão conseguindo a consulta que tanto almejavam. E isso só nos dá gás para continuarmos”, celebrou o secretário Tyago Hoffmann.
Sobre as teleconsultas
As teleconsultas fazem parte do pacote anunciado pelo Governo do Estado em dezembro passado, de 1,25 milhão de consultas e 670 mil exames especializados para todo o Estado em 2025. No caso das teleconsultas, o montante contratado pela Sesa para todas as regiões prevê investimentos de R$ 16,6 milhões para a oferta de 250 mil consultas em especialidades médicas.
Os primeiros municípios a receberem o novo serviço da Secretaria da Saúde (Sesa) foram os da Região Sul de Saúde, ainda em janeiro. Ao longo dos meses, novas salas de teleconsultas foram inauguradas de norte a sul do Estado.
A implementação em todos os municípios se deu de forma descentralizada, sendo coordenada pelas Superintendências Regionais de Saúde. No Estado, há quatro regionais de saúde, segundo o Plano Diretor de Regionalização (PDR): Sul, com 26 municípios; Metropolitana, com 23 municípios; Central, com 15 municípios e; Norte, com 14 municípios.
Além disso, pela sua característica descentralizada e focada na regionalização do acesso, cada regional é responsável pela contratação de especialidade, seguindo, principalmente, as maiores demandas das regiões que atendem, e oferta aos municípios que a compõem. No Sul, atualmente, são ofertadas 12 especialidades; na Metropolitana, chegaram a 15 especialidades; na região Central são 11; e na região Norte com 16 especialidades. A oferta de especialidades pode ser aumentada de acordo com a procura e necessidade de cada região.
Especialidades por região de Saúde:
- Região Sul de Saúde: angiologia (adulto), cardiologia (adulto), dermatologia (adulto), gastroenterologia (adulto), neurologia (adulto), ortopedia (adulto), otorrinolaringologia (adulto), psiquiatria (adulto), urologia (adulto), cardiologia (pediatria), ortopedia (pediatria), otorrinolaringologia (pediatria);
- Região Metropolitana de Saúde: angiologia (adulto), cardiologia (adulto), dermatologia (adulto), gastroenterologia (adulto), neurologia (adulto), ortopedia (adulto), otorrinolaringologia (adulto), psiquiatria (adulto), urologia (adulto), endocrinologia (adulto), cardiologia (pediatria), ortopedia (pediatria), otorrinolaringologia (pediatria), neurologia (pediatria), psiquiatria (pediatria);
- Região Central de Saúde: angiologia (adulto), dermatologia (adulto), ortopedia (adulto), cardiologia (adulto), endocrinologia (adulto), hematologia (adulto), otorrinolaringologia (adulto), neurologia (adulto), psiquiatria (adulto), neurologia (pediatria), psiquiatria (pediatria);
- Região Norte de Saúde: endocrinologia (adulto), gastroenterologia (adulto), geriatria (adulto), neurologia (adulto), ortopedia (adulto), otorrinolaringologia (adulto), proctologia (adulto), psiquiatria (adulto), urologia (adulto), cardiologia (adulto), nefrologia (adulto), neurologia (pediatria), ortopedia (pediatria), otorrinolaringologia (pediatria), psiquiatria (pediatria), cardiologia (pediatria).
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