10/07/2025 15h45

Tecnologia de satélite revoluciona combate ao desmatamento no Espírito Santo

O Espírito Santo entrou em uma nova era no combate aos crimes ambientais, com a implantação de um sistema de monitoramento florestal de ponta, que utiliza imagens de satélites para identificar desmatamentos em tempo quase real. A iniciativa, liderada pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), integra o Programa Brasil MAIS, coordenado pela Polícia Federal, e coloca o Estado entre os mais avançados do País no uso da tecnologia para proteção das florestas.

Por meio da constelação de satélites PlanetScope, operada pela empresa SCCON, o território capixaba passou a ser vigiado diariamente, com alertas automáticos de alteração da cobertura vegetal. Desde setembro de 2024, o sistema já detectou e auxiliou na fiscalização de 124 áreas com desmatamento irregular em 39 municípios, compreendendo uma área total de 131,19 hectares e resultando em R$ 1,4 milhão em multas e embargos.

Essa transformação digital na gestão ambiental está permitindo à Seama e ao Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) agir de forma mais precisa, rápida e estratégica. Com base nos dados gerados pela plataforma, é possível mapear focos de desmatamento com alta precisão e enviar equipes de fiscalização com muito mais eficiência.

“Essa tecnologia muda completamente o jogo. Estamos monitorando o território capixaba todos os dias com imagens atualizadas, o que nos permite detectar desmatamentos quase no momento em que acontecem. Isso representa um salto de décadas na capacidade de resposta do Estado frente aos crimes ambientais”, afirma o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni.

A plataforma também gera relatórios com histórico de alertas, evolução mensal da área desmatada e perfil dos infratores. Os dados indicam que a maioria das infrações parte de pessoas físicas, o que sugere a necessidade de ampliar campanhas de conscientização e suporte técnico aos pequenos produtores, especialmente nas regiões do Litoral Sul e Noroeste, onde o desmatamento é mais concentrado, a partir do que já foi executado de ações de fiscalização.

Outro diferencial da tecnologia é a possibilidade de antecipar padrões de desmatamento ao longo do tempo, permitindo ao Governo desenvolver ações preventivas com base em evidências. Em dezembro de 2024, por exemplo, houve um pico significativo de alertas, apontando para sazonalidades ou movimentos organizados que requerem resposta rápida do poder público.

O investimento de R$ 4,1 milhões na plataforma, com contrato válido por três anos, já mostra retorno: em menos de 12 meses, mais de um terço do valor foi compensado em multas aplicadas. Mais importante que isso, no entanto, é o impacto direto na preservação dos recursos naturais e no fortalecimento da governança ambiental do Estado.

Com os avanços alcançados, o Espírito Santo se posiciona como referência nacional na aplicação de tecnologia para fiscalização ambiental. A expectativa da Seama é ampliar o uso da plataforma, integrar novos dados, otimizar os fluxos de fiscalização e tornar cada vez mais transparente e acessível à sociedade o acompanhamento das ações de proteção da vegetação nativa.

 

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