Tecnologia assistiva amplia comunicação entre paciente surdo e equipe do Hospital Dr. Jayme
A humanização do cuidado ganhou mais um exemplo no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra. Internado na unidade após uma queda que resultou em fratura no punho, o paciente José Milton dos Santos Menezes, de 51 anos, enfrentava um desafio além do tratamento clínico: a dificuldade de comunicação com a equipe assistencial. Surdo e iletrado, o apoio para a interação veio com o uso da Central de Intermediação em Libras (CIL) do Espírito Santo.
“Eu precisava buscar alternativas para garantir que o paciente recebesse uma assistência segura, acolhedora e efetiva. A solução veio com o uso da CIL, uma tecnologia assistiva que promove a comunicação entre pessoas surdas usuárias da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e ouvintes por meio de vídeochamadas com intérpretes especializados”, comentou a psicóloga do Hospital Dr. Jayme, Clarice Feu.
O serviço, gratuito, permite a tradução simultânea das falas e sinais, tornando o diálogo mais claro e humanizado. Desde então, o recurso tem sido utilizado diariamente no acompanhamento de José Milton, o que facilitou o entendimento das orientações médicas e vem trazendo mais tranquilidade para o paciente durante o tratamento.
De acordo com a médica que está na assistência do paciente, Rayanne Pinheiro, a experiência reforça o compromisso da unidade com a inclusão e a comunicação acessível. “A linguagem é parte essencial do cuidado. Quando conseguimos garantir que o paciente seja compreendido e possa expressar suas necessidades, fortalecemos o vínculo, reduzimos a ansiedade e promovemos uma assistência verdadeiramente integral”, destacou a médica.
Para a diretora de Cuidados Integrais, Alessandra Bernardino, a iniciativa evidencia a importância das tecnologias assistivas como aliadas na humanização do atendimento hospitalar, garantindo que todos os pacientes tenham acesso à informação, respeito e acolhimento, independentemente de suas limitações.
“A comunicação é um direito de todos e um elemento essencial na qualidade do cuidado. A utilização da CIL mostra que a tecnologia pode e deve ser usada para aproximar pessoas, promover inclusão e garantir que cada paciente seja visto em sua singularidade”, disse Alessandra Bernardino.
Central de Intermediação de Libras (CIL)
A Central de Intermediação de Libras (CIL) é uma tecnologia assistiva que possibilita a comunicação entre pessoas surdas usuárias de Libras e ouvintes. A interpretação, nesse caso, ocorre por meio de vídeochamadas com parâmetros avançados de tecnologia, disponível para sistemas IOS, Android e Windows ou diretamente pelo link.
Com o objetivo de garantir o desenvolvimento da autonomia e a potencialidade de cidadãos e cidadãs com deficiência auditiva e/ou surdez, a CIL-ES foi pensada pelo Governo do Estado como forma de inclusão social das pessoas usuárias de Libras. O serviço está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, para atender às situações de emergência. Os intérpretes trabalham em regime de plantão, inclusive aos feriados.
O serviço também pode ser utilizado para a prestação de informações sobre serviços públicos por meio de imagem em tempo real entre intérpretes da Central e pessoas com deficiência auditiva e/ou surdas usuárias de Libras.
Sobre a tecnologia assistiva
Conforme a Lei Brasileira de Inclusão, 13.146 de julho de 2015, tecnologia assistiva é definida como produtos, equipamentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que tenham como objetivo promover a funcionalidade, relacionada à atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.
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