Para bebês prematuros que saíram da UTI, o simples contato direto com as mães ajuda a manter a temperatura do corpo, estimula o aleitamento, reduz os riscos de infecção, além de diminuir o tempo de internação. Essas ações de humanização junto a recém-nascidos de baixo peso fazem parte do Método Canguru, que procura substituir a incubadora. A técnica é tema do curso Formação de Tutores no Método Canguru, que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) realiza esta semana para gestores e profissionais de maternidades de referência no Estado.

O treinamento começou nesta segunda (29) e vai até a próxima sexta (03), no Hospital Estadual Infantil e Maternidade de Vila Velha. O curso reúne 35 profissionais de seis hospitais da Grande Vitória: Santa Casa de Misericórdia, Hospital das Clínicas, Maternidade de Carapina, Hospital de Vila Velha, Hospital Estadual Dório Silva e Hospital Estadual Infantil e Maternidade de Vila Velha.

O grupo será responsável por planejar, programar e capacitar outros profissionais dos referidos hospitais. "O objetivo é sensibilizar gestores e profissionais quanto à importância de fortalecer as ações de humanização ao recém-nascido de baixo peso nas unidades neonatais", explica Edna Vaccari Baltar, do Núcleo de Saúde da Criança da Sesa.

Saiba Mais

O Método Canguru é voltado para bebês prematuros que tenham saído da UTI. Ao invés de ser colocado em uma incubadora, o recém-nascido é deixado em contato permanente com a mãe, dividindo calor, carinho, conforto e segurança.

A mãe coloca o bebê sobre o seu peito, em contato pele a pele, na posição canguru, em que a criança fica na vertical, com menos refluxo, menos risco de sufocamento e de parada da respiração durante o sono.

O trabalho é feito com o suporte de equipes treinadas e conscientes da importância do método. Além de diminuir o tempo de internação, o Método Canguru reduz ainda os riscos de infecção e aumenta o vínculo entre a mãe e a criança.