10/11/2025 16h42

Secretaria da Saúde conclui investigação laboratorial sobre surto no Hospital Santa Rita

A Secretaria da Saúde (Sesa) apresentou, na manhã desta segunda-feira (11), os resultados finais da investigação epidemiológica e laboratorial referente ao surto de síndrome respiratória registrado no Hospital Santa Rita, em Vitória. A coletiva contou com a participação do secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann; do subsecretário de Vigilância em Saúde, Orlei do Amaral Cardoso; e do diretor do Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen/ES), Rodrigo Rodrigues.

Os estudos conduzidos pelo Lacen/ES, em parceria com instituições como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), confirmaram a ocorrência de transmissão ativa e recente do fungo Histoplasma capsulatum, responsável pelos casos identificados entre pacientes e profissionais de saúde. O diagnóstico foi confirmado por meio de técnicas laboratoriais avançadas, como sorologia do tipo Western Blot, que detectou 32 casos confirmados e quatro casos de soroconversão.

Além disso, a investigação identificou presença da bactéria Burkholderia cepacia em amostra de água proveniente de um bebedouro da unidade hospitalar, bem como em análises metagenômicas de amostras respiratórias de duas profissionais de saúde. Trata-se de um patógeno oportunista com potencial de causar infecções em ambientes hospitalares, especialmente em pacientes vulneráveis.

“Concluímos, com rigor técnico e transparência, a etapa laboratorial e epidemiológica da investigação do surto, confirmando a atuação de dois agentes distintos. A resposta rápida foi possível graças à mobilização integrada de equipes de vigilância, assistência e laboratório”, afirmou o secretário Tyago Hoffmann.

O subsecretário Orlei Cardoso destacou que a detecção precoce e o acompanhamento dos casos foram fundamentais para o controle do evento. “A equipe atuou com monitoramento contínuo, identificação de soroconversões e ampliação das análises ambientais e microbiológicas, garantindo precisão diagnóstica.”

Já o diretor do Lacen/ES, Rodrigo Rodrigues, explicou que foram utilizados painéis ampliados de RT-qPCR, culturas bacterianas e fúngicas, testes moleculares específicos, além de sequenciamento por metagenômica, o que aumentou a capacidade de identificar e rastrear os agentes envolvidos. “A investigação empregou todos os níveis tecnológicos disponíveis no país para elucidar o quadro clínico e ambiental observado”, reforçou.

Investigações administrativas seguem

A Sesa destacou que, embora concluída a fase epidemiológica e laboratorial, permanecem em andamento as investigações administrativas, conduzidas pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde para determinar a origem e as circunstâncias da entrada dos patógenos no ambiente assistencial, bem como possíveis fatores contribuintes para sua disseminação.

Serão mantidas, nos próximos 60 dias, as ações de vigilância, coleta adicional de amostras de água e análise complementar de soro de casos suspeitos ainda dentro da janela diagnóstica.

“A transparência continuará sendo nosso compromisso. As medidas administrativas e estruturantes necessárias serão adotadas para garantir segurança assistencial e prevenção de novos eventos”, pontuou Hoffmann.

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