Projeto ‘Segurança Hídrica e Desenvolvimento Regional Sustentável’ reúne representantes do setor Saneamento Básico na Ufes
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Na última terça-feira (25), foi realizada a “Reunião Setorial Saneamento Básico”, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória, mais uma etapa de uma série de encontros com representantes de importantes áreas estratégicas para a segurança hídrica do Espírito Santo, como parte do Projeto “Segurança Hídrica e Desenvolvimento Regional Sustentável” (Projeto SH-DRS).
Nos encontros estão sendo apresentados e discutidos objetivos de longo e curto prazos do Projeto SH-DRS, que é uma iniciativa da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), do Laboratório de Gestão de Recursos Hídricos e Desenvolvimento Regional da Ufes (LabGest) e do Núcleo Estratégico em Água e Desenvolvimento (Neades) - que faz parte do Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (CPID), vinculado à Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti).
O Projeto SH-DRS pretende desenvolver ferramentas de auxílio à avaliação de níveis de Segurança Hídrica no contexto do Desenvolvimento Regional Sustentável do Espírito Santo, de uma forma participativa, e aplicar experimentalmente, também de forma participativa, uma ferramenta de auxílio à avaliação de níveis de segurança hídrica regional: o Modelo Conceitual MC-SHLUNC. Esse modelo usa indicadores integrados e de diferentes setores para analisar a segurança hídrica em uma área piloto.
Essa ferramenta MC-SHLUNC foi desenvolvida pelo LabGest e Neades/CPID/Secti, e a área de experimentação da fermenta compreende cinco regiões hidrográficas (Benevente, Guarapari, Jucu, Santa Maria da Vitória e Litoral Centro-Norte) e 20 municípios (Alfredo Chaves, Anchieta, Aracruz, Domingos Martins, Iconha, Ibiraçu, João Neiva, Linhares, Marechal Floriano, Piúma, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, e os sete da Região Metropolitana da Grande Vitória (Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória).
Além das instituições organizadoras (Agerh, IJSN, Neades/CPID/Secti e LabGest), participaram do encontro representações-chave do setor da área de experimentação: Microrregião de Águas e Esgoto do Espírito Santo (MRAE/ES), Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan), Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAEs) de Aracruz, Linhares e Jaguaré; Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), Consórcio Intermunicipal de Saneamento Básico do Espírito Santo (Cisabes), Agência de Regulação dos Serviços Públicos (ARSP).
Um dos encaminhamentos importantes da reunião foi a definição de entidades que vão representar o setor Saneamento Básico no Comitê de Acompanhamento do Projeto SH-DRS (CAP). São elas: MRAE/ES, Assemae, Cesan e ARSP. A mobilização de atores-chave e a priorização de ações a serem desenvolvidas em cada etapa do Projeto estão entre as atribuições do CAP.
“Ser convidado a contribuir na construção de uma ferramenta que pode, na prática, apoiar a Cesan e demais usuários dos recursos hídricos no enfrentamento de futuras crises, sob a liderança da Agerh e do Instituto Jones, é extremamente motivador. Trata-se de um projeto com maiores chances de êxito justamente por não partir de uma proposta pronta e unilateral, mas sim de uma construção coletiva — como devem ser todas as iniciativas que têm a água como eixo central. Aproximar a engenharia do cotidiano aos desafios que extrapolam a técnica, em diálogo com a academia, representada aqui pelo LabGest, é um passo importante para qualificar a gestão dos recursos hídricos. Todos saem ganhando”, destacou André Sefione, da área de Meio Ambiente e Controle da Qualidade da Cesan.
Já o secretário-geral da MRAE/ES, Sérgio Rabello, elogiou os organizadores do evento e ressaltou a importância da participação ativa de todos os envolvidos nessa primeira fase do projeto. “É muito importante a participação de gestores, prestadores de serviços, órgãos reguladores e entidades do setor na construção conjunta de soluções colaborativas que fortaleçam a segurança hídrica e a gestão eficiente dos recursos hídricos no estado.”, comemorou Rabello.
O representante da ASSEMAE, Valmir Cezar Cristo, ressaltou a amplitude dos desafios relacionados à segurança hídrica identificados durante o encontro: “O que foi apresentado evidencia que a segurança hídrica vai muito além da seca ou de eventos de inundação. Envolve também questões como o manejo adequado de resíduos sólidos, o cuidado com as redes de drenagem e de esgotamento sanitário, entre outros fatores essenciais. Como prestadores de serviços de saneamento, enfrentamos um leque amplo de desafios que impactam diretamente a qualidade de vida da população e o desenvolvimento sustentável dos municípios. A iniciativa do projeto, ao promover esse debate técnico e qualificado, é extremamente importante para ampliarmos a compreensão do tema e buscarmos soluções mais eficazes e integradas.”
Já o diretor de Saneamento Básico da ARSP, Mamoru Togawa Komatsu parabenizou a iniciativa de desenvolver uma metodologia para apuração de um índice de segurança hídrica, tema cada vez mais urgente diante das mudanças climáticas e que impacta diretamente a qualidade e a continuidade dos serviços de abastecimento de água. “Nesse contexto, entendemos que a produção de dados confiáveis e a construção de indicadores regionais são fundamentais para apoiar decisões regulatórias adequadas. A participação da ARSP nesse debate reforça o nosso compromisso com a sustentabilidade dos serviços de saneamento básico e com a segurança hídrica da população capixaba”, disse Mamoru.
Em julho, o Projeto SH-DRS dará continuidade à agenda de reuniões setoriais, ampliando o diálogo com outros setores estratégicos envolvidos na gestão da água e no desenvolvimento regional sustentável. A expectativa é que, com o envolvimento ativo dos diferentes atores, seja possível construir soluções práticas, integradas e duradouras para os desafios da segurança hídrica no Espírito Santo, fortalecendo a governança e promovendo o uso responsável e eficiente dos recursos hídricos no estado.
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