27/06/2025 15h22

Projeto de ressocialização alia música e fé em unidade prisional de Linhares

No Centro de Detenção e Ressocialização de Linhares (CDRL) um projeto de ressocialização alia o poder da fé com música. Um grupo musical composto por seis internos leva religiosidade e transformação para os custodiados da unidade prisional.

Criado em 2018, o projeto, que leva o nome Casa de Davi, fortalece as ações de assistência religiosa no ambiente prisional.

“O projeto desempenha um papel essencial no processo de ressocialização dos presos. Esta atividade não só oferece uma ocupação construtiva do tempo, mas também promove valores como a disciplina, o respeito mútuo e a espiritualidade. Por meio da música e dos louvores, muitos encontram uma forma de expressar emoções, reconstruir a autoestima e a desenvolver um sentido de pertencimento”, explica Geanderson Oliveira de Carvalho, diretor do Centro de Detenção e Ressocialização de Linhares (CDRL).

O grupo participa de cultos e missas realizados no centro de detenção, além de se apresentar, ao vivo, durante a programação religiosa da Rádio Vox, rádio interna instalada na unidade. Internos selecionados para a iniciativa possuem habilidades com instrumentos e vocal, e repassam o conhecimento para os demais. Desde o início do projeto, 20 internos já passaram pelo grupo.

Saulo está há oito anos na banda e, atualmente, é o vocalista. Começou tocando violão, mas aprendeu com os colegas novas técnicas e a usar outros instrumentos como baixo e cavaquinho. “Já toquei em outras bandas antes de ser preso, mas no projeto aprendi a tocar novos instrumentos. Hoje, consigo passar esse conhecimento para outros internos que buscam uma forma de ressocializar e desenvolver novas habilidades. Vejo como uma forma de fazer o bem, levando, por meio da música, um alento, uma palavra de conforto, paz e alegria. É mostrar os ensinamentos de Jesus através das canções. Fazer parte do grupo me deixa muito feliz”, disse.

De acordo com Geanderson Oliveira de Carvalho, o ambiente da banda cria uma rede de apoio e solidariedade, contribuindo para o afastamento de comportamentos negativos e para a construção de uma nova identidade pessoal e social.

“A música religiosa, com a seu forte componente espiritual, inspira transformação interior e oferece esperança, ajudando os participantes a refletirem sobre as suas escolhas e a planejarem um futuro diferente após o cumprimento da pena. A banda também acaba sendo um local de integração entre internos e servidores, pois é um ambiente de troca de conhecimento e espiritualidade mútua”, explicou.

A assistência religiosa no sistema prisional está prevista na Lei de Execução Penal (LEP). Em todo o Estado, 2.230 voluntários promovem atendimento religioso às pessoas privadas de liberdade.

 

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