14/08/2025 15h47

Parceria entre setor produtivo e Sejus abre novas oportunidades de recomeço para 44 internos em São Mateus

Uma parceria com o setor produtivo e a Secretaria da Justiça (Sejus) tem oportunizado novas chances de recomeços a 44 internos da Penitenciária Regional de São Mateus (PRSM).  É dentro da unidade prisional que o trabalho de montagem e colagem de sacolas de papel é realizado.

Diariamente, 30 mil sacolas são produzidas. A produção envolve dois modelos de sacolas de papel: Offset, com gramatura diferenciada e acabamento mais refinado para maior qualidade estética e SOS, com gramatura distinta, voltado a demandas de custo e resistência.

As sacolas são montadas na empresa e encaminhadas à unidade prisional para o acabamento, consolidando o fluxo produtivo dentro da penitenciária. Para o supervisor sênior da Himaya S.A, Rodolfo Sylvestre de Freitas, a atividade cria oportunidades e vai além da fabricação de itens.

“Ao envolver o sistema prisional nesse processo, contribuímos para a ressocialização e para a valorização do trabalho humano. Cada sacola finalizada representa uma história de superação e a chance de um recomeço. Nosso compromisso é com a qualidade do produto e, principalmente, com o impacto positivo que podemos gerar na vida das pessoas”, afirmou.

De acordo com o diretor da PRSM, Flávio Oggioni, o projeto é desenvolvido na unidade prisional desde 2012, onde os internos trabalham durante 40 horas semanais. Ele explica que para ser inserido na vaga de trabalho, os detentos passam por uma avaliação rigorosa da Comissão Técnica de Classificação (CTC), composta por uma equipe multidisciplinar, para avaliar o perfil de cada interno, aspectos comportamentais e psicológicos, além da segurança.

Segundo Oggioni, a iniciativa representa uma parceria importante para a reinserção social. “É uma importante frente de trabalho que assegura o acabamento necessário para envio do produto ao cliente final. Os internos foram treinados e preparados para a função e aprendem também a trabalhar em equipe, bem como compartilhar responsabilidades. Destacamos a importância social dessa parceria para o nosso programa de ressocialização”, enfatizou.

O interno M.A.M. está custodiado na Penitenciária Regional de São Mateus desde 2017. Ele conta que conseguiu concluir os estudos na unidade prisional e, logo em seguida, foi chamado para atuar na fábrica de sacolas.

“Passei pela avaliação da comissão técnica e obtive uma oportunidade na fábrica de sacola. Com esse trabalho, consigo remir minha pena e ganho dinheiro para ajudar minha família. Desde que eu cheguei aqui eu tive foco em progredir, conheci outro lado bom da vida que é o trabalho e hoje eu me vejo um novo cidadão. Esse trabalho também tem sido uma grande terapia para mim”, disse M.A.M.

Os internos que atuam no projeto são remunerados com um salário mínimo. A divisão do salário é feita em quatro partes iguais, sendo: 25% para o próprio interno, 25% para uma conta poupança (pecúlio), 25% para a família — quando há beneficiário indicado — e 25% para o Fundo Rotativo, que é aplicado para investimentos no sistema prisional.

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