22/02/2022 13h21 - Atualizado em 22/02/2022 13h22

Museu Homero Massena é reaberto para visitação

Foto: Adessandro Reis/PMVV

A  Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) recebeu mais um atrativo turístico cultural. Trata-se do Museu Ateliê Homero Massena, na Prainha, em Vila Velha. O espaço foi a casa de Homero Massena, artista plástico e escritor mineiro que escolheu esta região do Espírito Santo para viver junto de sua esposa Dona Edy Massena.

O casal viveu no local até o ano de 1974, ocasião da morte do pintor. O local traduz a forma de vida e parte de sua arte registrada nas paredes do imóvel.  A entrada é gratuita e as visitas poderão acontecer de quarta a sábado, das 10h às 16h.

O museu complementa o roteiro de quem visita a Prainha, em Vila Velha, local onde Vasco Fernandes Coutinho desembarcou no dia 23 de maio de 1535, e fundou o primeiro povoado do Estado do Espírito Santo.

É na Prainha que estão outros atrativos como a Casa da Memória, a Igreja do Rosário e o Convento da Penha. “A reabertura deste espaço tão especial para a cultura de nosso Estado é motivo de muita alegria, pois permite que moradores e turistas conheçam o local onde Homero Massena vivia e o cenário para composição de tantas telas que hoje estão espalhadas pelo mundo, levando o nome de nosso Estado, as paisagens locais e a personalidade deste artista que escolheu Vila Velha para viver”, afirma a secretária de Estado de Turismo, Lenise Loureiro.

Restauração

A obra de restauração do museu foi uma ação da Prefeitura de Vila Velha e teve à frente, os restauradores Catarina Zambe e Ailton Costa, que realizaram o trabalho e descobriram novas pinturas feitas por Homero nos diversos cômodos da casa que estavam encobertas. “Fomos contratados para restaurar as pinturas parietais que estavam à mostra e junto com o trabalho proposto fizemos também uma investigação nas paredes. E para nossa surpresa e felicidade, encontramos mais pinturas do Homero Massena, principalmente na cozinha e no banheiro da casa”, relatou Catarina Zambe, falando da emoção de descobrir essas pinturas.

      

A restauradora enfatiza que Homero Massena sempre foi uma inspiração para ela, que é carioca, e mora há muitos anos na Prainha, em Vila Velha. “Trabalhar nessa restauração foi muito prazeroso para nós. O museu sempre foi um local nosso de visita, de contemplação e agora tivemos a oportunidade de restaurar e descobrir novas obras de Massena”, destacou.

Além de guardar a vida e obra do escritor e pintor Homero Massena, o museu também chama atenção por ser uma construção típica de beira de praia das décadas de 1940 e 1950. Em todos os cômodos pode-se observar objetos pessoais que remetem à criatividade do artista, que gostava de pintar nas rachaduras, dando um toque único e especial às paredes da casa.

 

Homero Massena

Natural de Barbacena, Minas Gerais, Homero Massena ainda bebê veio morar em Vila Velha. Com 15 anos descobriu sua vocação artística e frequentou os cursos de pintura, urbanismo e decoração na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro (RJ) e de Minas Gerais (MG).

Massena também estudou na Europa, na Academia Julien, em Paris. Pressionado pelo pai, formou-se em Odontologia, profissão que exerceu por dois anos. Foi jornalista e redator de A Batalha, O País, Jornal do Comércio e A Tarde.

Ele tinha um amor declarado por Vila Velha e dizia que “para se viver bem, tem que ser em Paris ou em Vila Velha”, deixando bem clara sua paixão pelo município.

Escreveu dois livros “Miracema” e “Atribulações de um Capixaba”. Nas suas pinturas a natureza era sua grande fonte de inspiração, em quadros com uma riqueza de texturas e transparências, levando, com suas pinceladas, um realismo às obras, criando vida em seus quadros.

A maior obra do pintor é o quadro “Solidão”, que hoje se encontra nas paredes do Palácio Anchieta. Além das diversas obras, é de Homero Massena a pintura do teto do Teatro Carlos Gomes. Durante sua vida de pintor, foi premiado com 28 medalhas, além de diplomas e de outros prêmios.

Foi casado com Cecília Massena e teve três filhos. Casou-se novamente com a gaúcha Adelina Massena, conhecida como Edy, com quem viveu até seus últimos dias. Homero Massena faleceu em 1979, aos 89 anos.

Serviço:

Museu Homero Massena
Rua Antônio Ferreira Queiroz, 281, Prainha, Vila Velha.
Funcionamento: de quarta a sábado, das 10 às 16h.
Acesso gratuito.

Com informações da Prefeitura de Vila Velha

 

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