04/07/2025 14h34

MAES exibe Acervo em Vídeo da Bienal do Sertão

Tem início nesta terça-feira (08) e segue até o domingo (13), a seleção especial do Acervo em Vídeo da Bienal do Sertão, que será apresentada na Sala de Vídeo do Museu de Arte do Espírito Santo – MAES, no Centro de Vitória. A programação contempla obras audiovisuais que perpassam as seis edições do evento, reunindo formatos como vídeo-performance, vídeo-ação, registros de performance e curtas-metragens experimentais. A entrada é gratuita e a mostra integra o calendário MAES.

A mostra se divide em duas sessões distintas, com cerca de uma hora cada, exibidas de forma intercalada ao longo da semana. De terça a sexta-feira, as sessões ocorrem em dois horários: às 12h e às 16h. Aos sábados e domingos, a exibição acontece às 14h. Cada dia apresenta uma única sessão, repetida nos dois turnos nos dias úteis, possibilitando ao público diferentes possibilidades de fruição.

Essa ação é fruto de uma parceria entre o MAES e a Bienal do Sertão, fortalecendo a vocação do Museu para as práticas colaborativas entre instituições culturais, ampliando o alcance de sua programação e valorizando a diversidade de expressões artísticas em escala nacional.

Um diálogo entre territórios e linguagens

Criada em 2012, a Bienal do Sertão tem se afirmado como um espaço de difusão e valorização da produção artística ligada ao sertão brasileiro – não apenas como território geográfico, mas como campo simbólico, afetivo e estético. Nômade, itinerante e de caráter contemporâneo, a Bienal promove residências artísticas, exposições, oficinas e trocas formativas entre artistas e comunidades locais e internacionais.

O Acervo em Vídeo da Bienal do Sertão traz à tona a vitalidade dessas ações, reunindo obras de artistas de distintas regiões e linguagens. Através do vídeo, as obras revelam experimentações poéticas, políticas e territoriais, oferecendo ao público acesso a perspectivas plurais sobre o sertão e sobre o próprio fazer artístico.

O papel do MAES

Ao receber a mostra da Bienal do Sertão, o MAES reafirma seu compromisso com a ampliação dos modos de difusão artística e cultural, abrindo-se a parcerias institucionais que favorecem o trânsito de obras, artistas e ideias entre diferentes contextos regionais e nacionais. A ação integra o esforço contínuo do Museu em ampliar as formas e linguagens apresentadas ao público, acolhendo não apenas a produção em artes visuais em sentido tradicional, mas também práticas híbridas como o vídeo, a performance, o registro documental e as experimentações audiovisuais contemporâneas.

Com a ocupação integral de seus espaços expositivos, incluindo o auditório, agora, adaptado como Sala de Vídeo, o MAES reafirma seu compromisso em ser um espaço de encontro e ativação crítica do pensamento artístico, atento às urgências do presente e à transformação do papel dos museus na contemporaneidade.

 

Serviço

Sala de Vídeo do MAES

Mostra do Acervo em Vídeo da Bienal do Sertão
Auditório do MAES – Museu de Arte do Espírito
De 08 a 13 de julho de 2025
Terça a sexta às 12h e 16h | Sábado e domingo às 14h

Local: Avenida Jerônimo Monteiro, 631, Centro, Vitória - ES

Mais informações: (27) 27999022408

 

 

SESSÃO 1

Duração total: 60 min
Exibição: 08/07, 10/07 e 12/07

 

  1. O sertão está em toda parte – Coletivo Atemóia Invenções (BA) – 5'00"

Questionamento sobre saberes técnicos, controle territorial e resistência em um híbrido entre arte e vida.

  1. Segredo – a arte de manobrar – Grupo ERRO (SC) – 3'35"

Um carro de som recita A Arte da Guerra, instaurando tensão poética entre guerra, mobilidade e cotidiano.

  1. Re-processo – Dinha Argolo (BA) – 3'35"

Performance crítica sobre consumismo e reuso de objetos, em ciclos de produção e descarte.

  1. Agora que se via como um homem morto… – Henrique Marques (SP) – 2'45"

Fragmentos de memória entre vida e morte, em sobreposições visuais e sonoras.

  1. Permanência para o Encarnado I – Luanna Jimenes (SP) – 22'58"

Ritual performático sobre ancestralidade, poder e corpo feminino através de pigmentos e movimentos.

  1. Sem título 2 – Yara Pina (GO) – 2'18"

Ação silenciosa: a artista rasga uma tela de carvão, evocando apagamentos e memórias visuais.

  1. Descarto me em coro – Natália Coehl (CE) – 2'56"

Performers em sacos de lixo promovem reflexão crítica sobre consumo e resíduo.

  1. Keeper’s Garden – Benna Gaean Maris (Itália) – 3'13"

Ambientes naturais e industriais se fundem em composições contemplativas.

  1. Campo Mimado – Natalie Mirêdia (ES) – 5'02"

Reflexão visual sobre maternidade e efemeridade, com símbolos e ações performativas.

  1. Linha de corte – Anna Moraes (SC) – 0'50"

Linha traçada na paisagem que revela o conflito entre natureza e intervenção humana.

 

SESSÃO 2

Duração total: 61 min
Exibição: 09/07, 11/07 e 13/07

 

  1. Um jardim em Floresta – Claudia Tavares (PE) – 14'08"

Imagens poéticas sobre água, natureza e jardinagem no sertão, numa abordagem sensível do ambiente.

  1. VOZ, ESPADA, VELA E PRECE – Coletivo Huma (CE) – 2'12"

Registro de manifestações religiosas no Cariri: reisado, romaria e preces.

  1. [Sem título] – Leandro Peregre – 5'03"

Vídeo sem nome que evoca o silêncio e a contemplação em uma experiência sensorial.

  1. Retirantes – Martha Niklaus (RJ) – 9'04"

Fios de nylon e paisagem compõem uma narrativa poética sobre ausência e deslocamento.

  1. Ruído Rosa – Oksana Rudko (Rússia) – 5'36"

Mapeamento sonoro de habitações urbanas precárias, trazendo invisibilidades à tona.

  1. Pós Paisagem – Rafael Vilarouca (CE) – 4'45"

Animação de fotografias que reativa memórias coletivas do sertão em ruínas visuais.

  1. Descaminhos – Neyde Lantyer (BA) – 6'36"

Performance corporal no sertão baiano que entrelaça memória, paisagem e deslocamento.

  1. Dead See – Tetsuya Maruyama (Japão) – 2'35"

Filme em película 16mm revelado com salmoura, com texturas naturais e elementos botânicos.

  1. PETAMUTI VERMELHO – Biophillick (México) – 3'00"

Ritual xamânico em vídeo-performance conectando espiritualidades e paisagem natural.

  1. Devolver à terra – Duo Grão (MG) – 16'00"

Corpos de barro se dissolvem em água, evocando apagamentos territoriais e simbolismo ancestral.

 

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