O Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) divulgou, nesta quinta-feira (31), um estudo especial com foco nos indicadores de acesso à Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Brasil e no Espírito Santo, com base em dados da PNAD Contínua 2024. O levantamento, elaborado pela Coordenação de Estudos Territoriais do IJSN, revela um panorama atualizado da presença e do uso de dispositivos eletrônicos, internet e serviços digitais nos lares brasileiros, destacando a crescente digitalização da vida cotidiana.

A televisão ainda se mantém como um dos equipamentos mais presentes nos domicílios do país. O Rio de Janeiro lidera entre as Unidades da Federação com maior percentual de domicílios que têm aparelho de TV. No recorte regional, o Sudeste se sobressai como a área com maior concentração urbana de televisores, ultrapassando 80% de cobertura.

Especificamente no Espírito Santo, 96,3% dos lares possuem exclusivamente aparelhos de tela fina (como LED, LCD ou plasma), um percentual bem superior à média registrada na zona rural do Brasil, que é de 85%. Mesmo com essa alta presença, 72,7% dos domicílios capixabas com televisão não possuem serviço de TV por assinatura, o que reforça a predominância da recepção do sinal aberto.

Quando o foco se volta para o uso de microcomputadores e tablets, o Espírito Santo ocupa a 8ª colocação entre as unidades da federação, com 40,9% dos domicílios equipados com esses dispositivos. Já em relação à telefonia, 97,7% das casas capixabas possuem algum tipo de telefone, sendo o celular o principal meio de comunicação, em detrimento do telefone fixo, uma tendência comum em todo o país.

A internet, por sua vez, segue como um dos serviços mais difundidos nos lares brasileiros. O Espírito Santo aparece na 14ª posição nacional em termos de acesso domiciliar à rede, com 93,3% dos lares conectados. A ampla maioria dessas conexões ocorre por meio de banda larga fixa, com 99,9% de penetração em todas as grandes regiões do Brasil. Entre os lares que ainda não acessam a internet, as razões mais citadas foram a falta de necessidade, o desconhecimento técnico dos moradores e o custo elevado do serviço — sendo esse último o principal motivo para 27,5% dos entrevistados no Brasil e 27,93% no Espírito Santo.

Outro destaque importante é o crescimento dos chamados dispositivos inteligentes — eletrodomésticos e eletrônicos conectados à internet que podem ser operados por aplicativos ou sites. O Espírito Santo figura na 3ª posição entre os estados com maior presença desses dispositivos, com 23,5% dos domicílios equipados com itens como câmeras de segurança, caixas de som, lâmpadas, geladeiras e ares-condicionados inteligentes.

O estudo também analisou o acesso a serviços de streaming de vídeo pagos, apontando o Distrito Federal como a unidade da federação com maior percentual de lares com esse tipo de assinatura. Já regionalmente, o Sul do país lidera em acesso a essas plataformas.

Para a pesquisadora da coordenação de Estudos Territoriais do IJSN, Damiany Farina Nossa, os dados revelam uma transformação profunda no modo como a tecnologia se integra à vida cotidiana. “É inegável o quanto a tecnologia facilita o nosso dia a dia. A cada dia, os aparelhos vão se tornando uma extensão de nós mesmos, reunindo informações, conectando atividades e automatizando rotinas. Tanto no trabalho quanto no lazer, os dispositivos estão cada vez mais presentes, e a tendência é que só aumente”, avalia.

O especial do IJSN também traz informações detalhadas sobre recepção de sinal de televisão por antena parabólica, além de dados sobre o serviço de rede móvel celular.

O documento completo está disponível para consulta no link: https://ijsn.es.gov.br/publicacoes/sinteses/ijsn-especial

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