14/05/2025 14h36

Iases lança pesquisa que analisa questões de cor e raça de jovens em cumprimento de medidas socioeducativas no Espírito Santo

Com o objetivo de suscitar reflexões sobre as questões de cor e raça, com foco na juventude negra brasileira, e, particularmente, dos jovens em cumprimento de medidas socioeducativas, o Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), por meio da Gerência Técnica (Getec) e Subgerência de Informação e Análise de Dados (Suinf), apresentam a pesquisa “A Cor da Socioeducação”.

O documento analisa dados da socioeducação no Espírito Santo entre os anos de 2014 e 2023 e apresenta o perfil de cor e raça dos jovens de 12 a 21 anos incompletos que ingressaram no sistema socioeducativo capixaba nesse período. Os dados foram compilados ao longo de quatro meses pela equipe da Getec/Suinf e estão expressos no caderno por meio de gráficos.

“Essa pesquisa traz uma análise cuidadosa dos adolescentes e jovens em cumprimento de Programa/Medida Socioeducativa no Estado do Espírito Santo, abordando questões de diversidade, inclusão e justiça social. É uma leitura fundamental para quem deseja entender melhor a realidade dos socioeducandos e contribuir para um mundo mais igualitário”, afirmou o responsável pela Getec, Rômulo Luis Telles.

Entre os dados apresentados na pesquisa foi possível observar que a maior parte do público que ingressou no Iases se identificou como parda (85,4%), seguindo por negro (10%), branco (4,4%), amarelo (0,14%) e indígena (0,06%) no período analisado. A taxa de pardos variou de 86,8% em 2014 para 81,5% em 2023. Por outro lado, os socioeducandos que se autodeclararam negros tiveram uma variação de 8,8% em 2014 para 12,5% em 2023, com pico de 13% em 2021.

A pesquisa também traz os dados referentes ao grau de escolaridade dos adolescentes quando entram no sistema socioeducativo; o Índice de Incidência Socioeducativa; compara os dados do Espírito Santo com outros estados e com a média nacional; apresenta o perfil de cor e raça das adolescentes que cumprem medida socioeducativa no Iases durante o período analisado e faz uma análise da cor e raça de adolescentes/jovens que ingressaram no Instituto de acordo com seu local de residência.

De acordo com Rômulo Telles, a ideia do caderno também é ampliar a compreensão sobre as questões sobre essa realidade e fornecer subsídios para pesquisas e políticas públicas relacionadas. “Ao evidenciar a super representação de adolescentes pardos e negros no sistema socioeducativo, o estudo chama a atenção para a importância de políticas que promovam oportunidades para os/as jovens e adolescentes de todas as tipificações citadas.  As questões que circundam a cor e a raça são complexas e desafiam a ação de diversos atores sociais, incluindo o Estado, a sociedade civil e a academia, por isso, é fundamental que as instituições responsáveis pelo atendimento socioeducativo utilizem os dados apresentados em prol das demandas dos/as adolescentes, considerando suas particularidades, prevenindo o ingresso de mais adolescentes e a continuidade infracional”, disse.

Para ele, a pesquisa é uma importante ferramenta para a construção de conhecimento e para subsidiar a tomada de decisão baseada em dados e informações que auxiliem de maneira mais eficaz na atuação do poder público em favor dos/as adolescentes e jovens.

O caderno “A Cor da Socioeducação” está disponível em: https://iases.es.gov.br/publicacoes

 

 

Texto: Fernanda Pontes

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Fernanda Pontes
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