Espírito Santo retoma oferta de cirurgia ortopédica de alta complexidade em paciente hemofílico

A retomada de cirurgias ortopédicas de alta complexidade em pacientes com hemofilia ocorreu nessa segunda-feira (22), quando um paciente de 43 anos foi operado no Hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Espírito Santo (AFPES), localizado no Centro de Vitória. No ano passado, um paciente foi operado; em 2023, outros dois.
O procedimento, uma artroplastia total de joelho, simboliza um marco na saúde pública capixaba por ser um avanço significativo no cuidado a pessoas com doenças raras e de alta complexidade.
Atualmente, 32 pacientes com coagulopatias já estão em avaliação para cirurgias e terão os procedimentos programados. O serviço foi estruturado com equipe qualificada, treinada e com insumos e materiais adquiridos especialmente para garantir a segurança durante os procedimentos.
Para o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, a conquista reforça o compromisso do Governo com a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade de vida dos capixabas.
“Esse é um momento histórico para a saúde pública do Espírito Santo. A cirurgia ortopédica em pacientes hemofílicos era considerada proibitiva no passado devido ao alto risco de hemorragias. Hoje, graças ao investimento em tecnologia, insumos e capacitação de equipes, conseguimos oferecer esse cuidado altamente especializado. Isso significa não apenas reduzir o tempo de espera desses pacientes e prevenir sequelas graves, mas também dar mais dignidade e qualidade de vida às pessoas que convivem com a hemofilia”, destacou Hoffmann.
Com essa iniciativa, o Estado passa a contar com uma linha de cuidado integral para pacientes hemofílicos, fortalecendo a rede estadual de atenção e garantindo acesso a procedimentos antes restritos a grandes centros de referência do País.
Hemofilia
A hemofilia é um distúrbio genético e hereditário que impede o sangue de coagular corretamente, causando sangramentos prolongados e excessivos, que podem ser espontâneos ou após lesões leves. A evolução da doença ocorre com sangramentos excessivos em procedimentos invasivos, artroplastias hemofílica crônica com dor, deformidade e incapacidade funcional, e requer necessidade de acompanhamento contínuo em hematologia para reposição profilática e avaliação de complicações.
“A hemofilia é tratada por médicos especializados-hematologistas e uma equipe multidisciplinar, pois requer um planejamento rigoroso e acompanhamento especializado para garantir a segurança do paciente e reduzir o risco de hemorragia”, disse o subsecretário de Estado de Contratualização em Saúde, Héber de Souza Lauar.
Ainda segundo o subsecretário Héber Lauar, para uma cirurgia ortopédica em um paciente hemofílico, é essencial um planejamento multidisciplinar entre a equipe ortopédica e equipe hematológica, tanto na reposição do fator de coagulação deficiente (Fator VIII para Hemofilia A - CID D66 ou Fator IX para Hemofilia B – CID D67), para prevenir hemorragias, quanto na capacitação da equipe cirúrgica ortopédica, equipe de enfermagem, fisioterapia e farmácia, de modo a garantir a segurança do paciente.
Hemoes
No Espírito Santo, o Centro Estadual de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (Hemoes), localizado em Vitória, é referência no tratamento dos pacientes diagnosticados com hemofilia.
Atualmente, o Hemoes conta com 470 pacientes de todo o Estado que estão cadastrados e realizam o tratamento da doença. Desses, 349 são portadores de Hemofilia A e 121 pacientes com Hemofilia B.
O Hemoes disponibiliza atendimento multidisciplinar especializado, incluindo médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeuta e assistentes sociais, além de farmácia para a distribuição de medicamentos específicos, transfusão de sangue e a orientação aos pacientes e familiares em tratamento.
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