19/06/2018 16h29 - Atualizado em 19/06/2018 16h32

Escola Viva: disciplina eletiva da unidade São Pedro trabalha temas relacionados à mulher

Envolvendo os estudantes com temas relacionados à conscientização sobre a violência contra a mulher, o feminicídio e, principalmente, sobre o papel da mulher na sociedade, a disciplina eletiva “Só quem é mulher sabe” está fazendo sucesso entre os estudantes da Escola Viva São Pedro, em Vitória. 

 

Realizada toda quinta-feira, a eletiva é composta por quarenta alunos, dentre eles cinco meninos. Toda semana, orientados pelas professoras Rosa Ambrozio, que leciona Física, e Verbênia Andrade de Carvalho Santos, da disciplina de Biologia, os estudantes abordam temas como “A origem do Dia Internacional da Mulher”, “História do feminismo”, “Relacionamentos abusivos”, “A mulher na literatura”, “Gravidez na adolescência” e “Lei Maria da Penha”.

 

O último assunto debatido foi sobre a Lei Maria da Penha, que contou com a presença da advogada Renata Bravo, assessora jurídica no Ministério Público.

 

A partir das proposições dadas pela professora, os estudantes realizam dinâmicas, teatro, vídeo, música e roda de conversa.  A culminância da eletiva será uma peça teatral que representará uma bate-papo entre mulheres de várias décadas e que tiveram um papel importante na história do Brasil e do mundo.

 

A professora Vebênia Andrade explicou que a criação da eletiva foi motivada pela importância de abordar assuntos como este no ambiente escolar.  “Muito me preocupa os levantamentos estatísticos sobre a violência contra a mulher. A intenção ao criar a disciplina eletiva ‘Só quem é mulher sabe’ foi de conscientizar as alunas da Escola Viva São Pedro, sobre a importância que cada uma de nós temos na luta histórica por nossos direitos e por nossa posição na sociedade, além de trazer para nosso lado, também, o apoio dos rapazes que estudam na escola. Acredito muito na importância de permitir o debate sobre o feminismo na escola”, falou.

 

A estudante Luana de Sales Nery Santos, da 3º série do Ensino Médio, contou como a eletiva tem a ajudado. “É uma honra participar dessa disciplina. Com a ajuda das aulas e das pessoas que participam dela, aprendi o verdadeiro significado da palavra sororidade e, mais do que isso, consegui enxergar o valor de cada mulher e o quanto que, eu me valorizando, consigo ajudar a tantas outras também a se valorizarem. Só tenho a agradecer por ter evoluído tanto dentro dessa família que criamos na eletiva e, principalmente, por tantas mulheres guerreiras que foram palestrar. A eletiva é um desabafo semanal, sempre temos histórias pra contar e a parte boa é que uma inspira a outra a continuar lutando por nossos direitos”, disse.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação / SEDU
Vivian Camargo / Flávia Zambrone / Gustavo Pereira
Texto: Keila Barcellos

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