EP’s produzidos no sistema prisional capixaba estreia nas plataformas de streaming nesta segunda-feira (17)
As composições criadas por internos do sistema prisional capixaba durante oficinas de criação musical estarão disponíveis, a partir desta segunda-feira (17), em 23 plataformas de streaming e lojas digitais, incluindo Spotify, Apple Music, Deezer, Amazon Music, YouTube e YT Music. As canções são frutos de um projeto cultural que integra arte, escuta, escrita criativa e reconstrução de trajetórias por meio da música.
As músicas foram produzidas durante as oficinas realizadas nos meses de setembro e outubro de 2025, envolvendo cerca de 33 participantes da Penitenciária Estadual de Vila Velha V (PEVV5), no Complexo Penitenciário de Xuri, e no Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC).
A iniciativa foi desenvolvida sob coordenação da Gerência de Educação nas Prisões da Secretaria da Justiça (Sejus), com recursos do Edital de Difusão Musical do Fundo de Cultura do Espírito Santo (Funcultura), por meio da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), em parceria com a Secretaria da Cultura (Secult).
Durante os encontros, os participantes vivenciaram um processo artístico completo: desde a escrita criativa e o desenvolvimento de letras até a gravação de vozes e construção coletiva das músicas. As atividades foram conduzidas pelo músico, produtor e idealizador do projeto Glauber Jansen, que também assina a direção artística do EP.
Além das faixas musicais, serão lançados dois videoclipes, produzidos com imagens captadas durante os encontros nas unidades, ampliando a potência sensível do projeto e revelando bastidores de afeto, entrega e vontade de mudança.
Composições selecionadas
Os EP’s reúnem, ao todo, sete músicas autorais: quatro faixas produzidas na PEVV5, sendo: “Regenerado”, “Diário da Superação”, “Esperança e Liberdade” e “Poesia de um Detento”, além de três faixas gravadas no CPFC: “Recomeço”, “Família” e “Oração de Mãe”.
“As músicas revelam vivências intensas, dores e esperanças dos internos e internas. São letras que tratam de saudade, fé, desigualdade e desejo de recomeço. Em comum, todas carregam a força de quem escolhe transformar sua história”, destaca Glauber Jansen.
Para o secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, o projeto é um exemplo do impacto positivo da arte nos processos de ressocialização. “Esse projeto mostra que a arte, por meio da música, pode abrir horizontes, promover mudanças e fortalecer a autoestima. Para nós, da Secretaria da Justiça, ver essas músicas ganhando o mundo por meio das plataformas digitais é a prova de que oportunidades bem conduzidas geram mudanças reais. É a demonstração de que, quando oferecemos ferramentas de expressão e autonomia, contribuímos para formar cidadania, responsabilidade e novos sentidos de vida. A arte, aqui, se torna ponte entre o passado, o presente e um futuro possível”, ressaltou Rafael Pacheco.
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