‘Diabetes e bem-estar no trabalho’: Campanha reforça como conciliar os cuidados com a Diabetes e manter uma rotina produtiva
Nesta sexta-feira (14), Dia Mundial de Combate ao Diabetes, a Secretaria da Saúde (Sesa), reforça a importância dos cuidados visando à qualidade de vida das pessoas que vivem com a doença. Com o tema “Diabetes e bem-estar”, o foco é incentivar a inclusão e combater o estigma no trabalho, como espaço de prevenção.
Segundo a médica e referência técnica em Endocrinologia da Sesa, Juliana de Paula Peixoto, estima-se que sete em cada dez pessoas com diabetes estejam em idade ativa, e muitas delas enfrentam desafios diários para equilibrar autocuidado e produtividade. “Pequenas ações no ambiente corporativo, como permitir pausas para medir a glicemia, oferecer opções alimentares equilibradas e promover campanhas educativas podem fazer grande diferença”, enfatizou a endocrinologista.
A diabetes não é uma doença de notificação compulsória, logo, não há registros precisos de pacientes com a doença. A identificação da diabetes e o tratamento acontecem diretamente nas unidades básicas de saúde, onde são disponibilizados medicamentos gratuitos para a doença. A Sesa estima que o número de adultos acima de 18 anos, que convivem com a diabetes no Espírito Santo, é de 9,6%, segundo dados da pesquisa Vigitel, publicada em 2023. Considerando a população estimada pelo IBGE para 2023, o Estado tem em torno de 368.036 adultos com diabetes, sendo 90% (331.232 pessoas) com Diabetes tipo 2 e 10% (36.804) com Diabetes tipo 1.
Segundo o International Diabetes Federation (IDF), o Brasil é o terceiro país do mundo com a maior prevalência do tipo 1 em crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, estimado em 92.300 casos. Desse modo, extrapolando esta estimativa de prevalência para o Estado, há em torno de 1.725 casos do tipo 1 até 19 anos.
Sobre a doença
O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica, que se apresenta com altos níveis de glicose no sangue, porque o organismo não consegue produzir insulina ou produz uma quantidade insuficiente; ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. A falta de insulina ou a incapacidade das células em responder à insulina leva a altos níveis de glicose no sangue, ou hiperglicemia, que é a marca do diabetes.
A doença pode ser classificada em três tipos:
O tipo 1 ocorre quando o próprio corpo produz anticorpos, destruindo as células pancreáticas e provocando, assim, a diminuição da produção de insulina no organismo. Geralmente, acomete crianças e adolescentes, mas também pode aparecer em adultos e faz com que a pessoa precise de injeções diárias de insulina para manter os níveis de glicose no sangue sob controle. Esse tipo de diabetes não tem cura e necessita de tratamento permanente.
Diagnosticado na maioria dos casos em adultos, o Diabetes tipo 2 impossibilita o corpo de obter o bom uso da insulina que produz. Uma das causas da manifestação da doença pode ser o sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos alimentares inadequados. Em seu tratamento, deve-se incluir uma alimentação e estilo de vida saudáveis, com atividades físicas, além da necessidade de uso de medicamentos orais e/ou insulina para manter seus níveis de glicose no sangue sob controle.
Já o diabetes gestacional (DMG) se apresenta com níveis elevados de glicose no sangue, durante a gravidez, pelo fato de a placenta produzir hormônios que podem reduzir a ação da insulina, que é o hormônio responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. O diabetes gestacional pode ser transitório, restrito à gestação, porém as mulheres diagnosticadas precisam realizar acompanhamento médico, pois há um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2 e doença cardiovascular.
Programação
Durante o final do mês de novembro, o Hospital Estadual Dório Silva (HEDS), por meio do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação (CEPiNOVA), promove, para profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS), o 1º Simpósio Interdisciplinar de Diabetes, cujo objetivo é qualificar e aprimorar os conhecimentos sobre as evidências, estratégias e a assistência integral ao paciente diabético.
No dia 27, os profissionais terão acesso aos cursos Pré-Simpósio, com foco na prática e na realização de atividades hands on sobre Contagem de Carboidratos, Manejo do Pé Diabético, Simulação Realística e Consulta Farmacêutica.
Já durante o dia 28, a programação é voltada para debates, com mesas redondas e aulas teóricas ministradas por especialistas, que abordarão temas como o cenário do diabetes no Sistema Único de Saúde (SUS), fisiopatologia, novas tecnologias de insulinoterapia e o manejo da obesidade.
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