Conheça a diferença entre pesca e aquicultura, além de como Espírito Santo fortalece essas atividades
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Você sabia que pesca e aquicultura não são a mesma coisa? A pesca é uma atividade extrativista, em que o ser humano retira do ambiente os recursos que a natureza oferece, como peixes e camarões. Já a aquicultura envolve a criação planejada e controlada desses organismos, garantindo maior previsibilidade e sustentabilidade na produção.
No Espírito Santo, essas duas atividades são fundamentais para a economia e o sustento de muitas famílias. Para fortalecer o setor, a Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) desenvolve programas que vão desde a regularização da pesca artesanal até o incentivo ao cultivo de peixes, camarões e moluscos, ampliando oportunidades e garantindo segurança alimentar.
“Sabemos que o setor enfrenta grandes desafios. Por isso, estamos trabalhando para ouvir as comunidades e oferecer condições de acesso à regularização, capacitação e geração de renda. A aquicultura é uma das alternativas que promove uma economia mais justa e uma pesca mais sustentável”, destacou o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
O Espírito Santo conta com cerca de 33 mil pescadores com Registro Geral de Pesca ativo. Entre agosto de 2024 e agosto de 2025, foram desembarcadas 3.235 toneladas de pescado em pontos oficiais do Estado, segundo o Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira (PMAP-ES), único reconhecido pelo Ministério da Pesca e Aquicultura.
Programa PESCA+ES
Entre as iniciativas em andamento está o Programa de Fortalecimento da Cadeia Produtiva da Pesca no Espírito Santo (PESCA+ES), elaborado com base na metodologia da FAO/ONU (Abordagem Ecossistêmica para a Gestão da Pesca – AEGP). Construído de forma participativa, o programa reúne diretrizes estruturantes para orientar políticas públicas sustentáveis para o setor.
A partir dessas diretrizes, a Seag tem promovido encontros técnicos, mutirões de regularização da pesca artesanal, capacitações, fortalecimento da infraestrutura comunitária e incentivo à organização dos trabalhadores da pesca e da aquicultura.
Avanços na aquicultura
A aquicultura também vem ganhando destaque no Estado. Em 2024, a produção de tilápia atingiu 20.410 toneladas, um crescimento de 7,25% em relação a 2023, segundo dados da Associação PEIXEBR.
A Seag incentiva a atividade por meio do Projeto Fomento Aquícola, que, em parceria com prefeituras e o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), promove palestras, visitas técnicas e apoia a elaboração do Plano de Viabilidade Técnica e Ambiental (PVTA).
O projeto também estimula a participação de associações no Fundo Social de Apoio à Agricultura Familiar (Funsaf), que disponibiliza equipamentos como tanques-rede, aeradores, freezers e sistemas de energia solar, ampliando a produção de peixes e camarões no Estado.
Além disso, estão em andamento projetos-piloto de maricultura, incentivando o cultivo de moluscos no litoral sul. A iniciativa tem como objetivo capacitar marisqueiras e ampliar a renda das mulheres do mar, com o apoio do Funsaf para a aquisição de equipamentos como barcos pequenos, cordas e boias.
Futuro do setor
De acordo com o coordenador de Pesca e Aquicultura da Seag, Alejandro Garcia, o equilíbrio entre produção e preservação ambiental é o maior desafio.
“Com ações voltadas à sustentabilidade, inovação e inclusão produtiva, a Seag reforça seu compromisso em garantir novas oportunidades de trabalho e renda, promovendo o desenvolvimento das comunidades tradicionais e o fortalecimento de uma cadeia produtiva mais organizada e competitiva. Nesse sentido, além da atividade pesqueira, serão fomentadas alternativas produtivas não pesqueiras, como a aquicultura de água doce, a maricultura e a produção de artesanato variado, ampliando as perspectivas de desenvolvimento socioeconômico”, ressaltou Alejandro Garcia.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Seag
Leonardo Sales / Nayara Santana
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