04/08/2020 14h28

Webinar debate técnicas para elaborar projetos para captação de recursos

Foi realizado, nesta terça-feira (03), o 7º webinar para debater técnicas de como elaborar banco de projetos para a captação de recursos. O evento, que continua disponível no canal da Rede Líderes no YouTube, já foi visualizado por mais de 1.200 pessoas em menos de 24 horas. Desde o início das transmissões, mais de 8 mil pessoas acompanharam os debates.

O evento contou com a participação de especialistas com experiência prática na área: a coordenadora da Rede +Brasil, de Santa Catarina, Alessandra Dias; o professor do Master em Gestão Pública do CLP Liderança Pública, Antônio Napole; e a coordenadora da Rede +Brasil e diretora de Convênios de Minas Gerais, Caroliny Miranda.

"A estruturação de banco de projetos ou caderno de emendas parlamentares, como apresentado por Minas Gerais e Santa Catarina, é uma ferramenta que pode ajudar muito órgãos públicos na captação de recursos. Funciona como um catálogo de propostas ou iniciativas que gestores podem apresentar para potenciais financiadores, como ministérios e parlamentares", comentou o consultor do Tesouro Estadual e coordenador da Rede de Líderes, Eduardo Araújo.

A coordenadora da Rede +Brasil de Santa Catarina, Alexandra Dias, falou sobre as medidas adotadas para alavancar as captações no Estado. Entre as medidas estão a Capacitação das Unidades Gestoras, o Caderno de Emendas, o Banco de Projetos e a Melhoria da Rede de Captação.

“Com isso, tivemos alguns resultados interessantes: 192 servidores capacitados na plataforma +Brasil. Em 2019, observamos um aumento de 38% nos recursos captados da União, na comparação com 2018. E agora, em 2020, já tivemos 28 propostas em tramitação ou aprovadas com recursos de emenda”, disse Alexandra Dias, durante sua apresentação.

Já a coordenadora da Rede +Brasil e diretora de Convênios de Minas Gerais, Caroliny Miranda, destacou que, tendo os projetos, é importante traçar estratégias para conquistar as fontes financiadoras. Eles podem ser recursos do Governo Federal, com propostas voluntárias ou emendas federais, ou recursos não federais, divididos em empresas privadas, empresas públicas, ONGs, estados e municípios.

“Nós analisamos diariamente as oportunidades divulgadas na Plataforma +Brasil, fazemos análise dos editais e tentamos identificar quais projetos do nosso banco se encaixam em tais editais. Em alguns casos, até convidamos os órgãos a desenvolver projetos. Já para recursos não federais, também existem sites como o prosas.com.br e o captadores.org.br, que ajudam nesse levantamento”, destacou Caroliny Miranda.

O professor do Master em Gestão Pública do CLP Liderança Pública, Antônio Napole, lembrou também que a ligação entre os projetos possui atratividades distintas para as fontes de recurso. Com isso, os tipos de projetos podem variar de acordo com as temáticas propostas.

“Se uma causa é muito atrativa, como o meio ambiente, apoio em catástrofes, apoio às crianças, etc, é mais fácil conseguir apoio de pessoas físicas ou jurídicas que queiram um retorno na imagem. Se a causa não é tão atrativa, ou até polêmica, como temáticas ligadas ao aborto, religião, ou emprego de presidiários, por exemplo, a maior probabilidade é que o Estado custeie o projeto e o faça sem nem querer uma contrapartida publicitária”, explicou Napole.

Quem quiser rever o debate, o vídeo continua disponível no endereço https://www.youtube.com/watch?v=QYClus8MBGw&feature=youtu.be

"Rede de Líderes Públicos"

A "Rede de Líderes Públicos", em recursos federais, é constituída por 150 servidores de órgãos estaduais e de prefeituras, com o objetivo de compartilhamento de experiências na área de convênios e de emendas parlamentares federais.

A iniciativa faz parte de um Acordo de Cooperação Técnica com o Ministério da Economia e de um plano do Tesouro Estadual para ampliar o recebimento de transferências voluntárias federais para o Espírito Santo.

"Nosso diagnóstico é que a elaboração de bons projetos é essencial para prefeituras e órgãos estaduais conseguirem acessar fontes de recursos federais não onerosos", avalia o secretário de Estado da Fazenda, Rogelio Pegoretti.

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