06/08/2018 15h59

Vacinação contra sarampo vai até o dia 31 de agosto

Começou nesta segunda-feira (06) e vai até o dia 31 de agosto a Campanha Nacional de Vacinação contra sarampo e poliomielite (paralisia infantil).  A campanha é direcionada exclusivamente às crianças de 1 ano até menores de 5 anos (4 anos, 11 meses e 29 dias).

Em todo Estado, o número de crianças a serem vacinadas é de 201.833, e a meta é imunizar 95% desse total. O Dia D da campanha será realizado no dia 18 de agosto (sábado).

Nesta campanha as crianças devem ser levadas a uma unidade de saúde, mesmo as que já tenham sido vacinadas anteriormente. É fundamental que os pais apresentem o cartão de vacina para que o histórico de vacinação da criança seja verificado. Caso esse documento tenha sido perdido, a criança deve ser levada para ser imunizada com a certidão de nascimento. As vacinas estarão disponíveis nas 539 salas de vacinação das Unidades de Saúde em todo Espírito Santo.

Há 18 anos o Espírito Santo não registra casos de sarampo. O último caso autóctone da doença registrado no Estado foi em 1999.

O secretário de Estado da Saúde, Ricardo de Oliveira, explicou que no Brasil há uma rotina de vacinação que vai de janeiro a dezembro, e que, em alguns momentos, é necessário realizar uma campanha. Segundo ele, no Espírito Santo esta campanha de vacinação será de prevenção, visto que já há registros da doença no Norte do país.

“As vacinas já foram distribuídas, as equipes já foram mobilizadas e treinadas nos municípios e tenho certeza que essa mobilização vai garantir essa cobertura de vacina. Os casos da doença não ficarão restritos ao norte do Brasil e, por isso, o Ministério da Saúde está promovendo esta campanha, para evitar que a doença se espalhe”, disse.

 “Aproveito para fazer um apelo, para que os pais levem seus filhos para serem imunizados. É absolutamente importante que a população se mobilize. Não adianta só o Estado e os municípios se mobilizarem, as salas de vacina estarem abertas, se a população não for lá. A vacinação, além de um direito, é um dever cível. Para que a gente possa efetivamente eliminar a ameaça do sarampo, é preciso que cada um cumpra com o seu dever”, destacou Oliveira.

O sarampo pode acometer qualquer faixa etária, mas os surtos que temos visto no Norte do Brasil têm atingido principalmente crianças menores de 5 anos.

A coordenadora Estadual de Imunizações da Sesa, Danielle Grillo, destacou que o grupo que mais possui casos de sarampo é o de crianças.  Por isso ela ressalta a importância de manter a vacinação em dia para a prevenção de doenças, mesmo aquelas que foram eliminadas no Espírito Santo ou no Brasil.

“Se a pessoa não estiver imunizada, o sarampo pode acometer qualquer faixa etária, mas os surtos que temos visto no Norte do Brasil têm acometido principalmente crianças menores de 5 anos. Vale ressaltar que, na criança, a doença pode ser mais grave, pois compromete o sistema imunológico. Além das complicações como infecções respiratórias (pneumonia), o sarampo também pode provocar otites, doenças diarreicas, neurológicas e levar à morte”, disse.

Danielle destacou ainda que, além do sarampo, a vacina tríplice viral também protege contra a caxumba e a rubéola. “É importante dizer que o Brasil já registrou casos de sarampo em seis estados. Para manter a doença afastada, é fundamental manter alta e homogênea a cobertura vacinal, para evitar a reintrodução do vírus”, destacou.

A coordenadora também informou que o quantitativo de doses disponibilizado pelo Ministério da Saúde é suficiente para atender a 100% do público-alvo e mais o estoque estratégico.

 

Poliomielite

Para prevenir a poliomielite, as crianças devem ser vacinadas aos dois, quatro e seis meses com a vacina injetável (VIP) e depois aos 15 meses e 4 anos de idade com a vacina oral (VOP). A poliomielite está erradicada no Brasil desde 1990, mas existem casos em países da África e Ásia, por isso, é fundamental manter alta a cobertura vacinal para evitar o retorno da doença ao país.

 

Saiba mais

O que é sarampo?

O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmitida pela fala, por tosse e espirro, e extremamente contagiosa, mas que pode ser prevenida pela vacina. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade da doença, particularmente em crianças desnutridas e imunocomprometidas.

De acordo com o Ministério da Saúde, atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação do vírus foram identificados em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rondônia e Rio de Janeiro.

 

Sintomas

Febre alta, acima de 38,5°C; dor de cabeça; manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, e, em seguida, se espalham pelo corpo; tosse; coriza; conjuntivite; manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecida como sinal de koplik, que antecede de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas.

 

Transmissão

A transmissão ocorre de quatro a seis dias antes e até quatro dias após o aparecimento da erupção da pele (exantema). O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início do exantema. O vírus vacinal não é transmissível.

 

Prevenção

A vacinação contra o sarampo é a única maneira de prevenir a doença.

 

 

 

Informações à Imprensa

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