27/07/2020 10h05 - Atualizado em 27/07/2020 13h05

Painel Covid-19 ES passa a mostrar média móvel de casos

Em coletiva realizada na tarde dessa sexta-feira (24), o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, acompanhado do subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, informou que o “Painel Covid-19 – Estado do Espírito Santo” vai passar por uma atualização.

A ferramenta irá apresentar a evolução da doença também por semana epidemiológica, e ainda nos casos diários de óbito e entre os casos diários de pacientes confirmados com a doença, a média móvel de 7 e de 14 dias para que toda a população possa acompanhar a evolução da doença em território capixaba e ter uma dimensão tem se desenvolvido em cada município/região do Estado.

Confira trechos da coletiva:

Reconhecimento

“As mudanças no painel são avanços na transparência de dados. Ao longo dessa semana foi muito gratificante receber por parte de várias organizações independentes e lideranças políticas reconhecimentos a respeito do importante papel do Governo do Estado no manejo do enfrentamento da pandemia. Tivemos o reconhecimento de melhor gestão do enfrentamento da pandemia, melhores indicadores de transparência. Estamos entre os quatro estados com menor quantidade de óbitos não hospitalares do País. Temos um conjunto grande de reconhecimentos sobre o resultado final que temos apresentado para a sociedade no enfrentamento da pandemia. Esse resultado final, sem dúvida, deve ser reconhecido para a liderança do governador que possui uma grande capacidade de diálogo, de coesão social, apoio da ampla maioria da sociedade, tendo uma escuta qualificada de números, instituições, poderes”.

Curva de casos

“No Espírito Santo achatamos a curva de casos. Nós salvamos vidas, não sofremos um colapso do sistema de saúde durante toda a pandemia e precisamos garantir que as melhores práticas de gestão pública que nos trouxeram até este momento consigam preservar essas conquistas até o final da pandemia”.

Ocupação de leitos

“Tivemos nas últimas semanas uma redução da ocupação de leitos hospitalares, em especial dos leitos de terapia intensiva. Essa ocupação consolidou-se em uma faixa abaixo dos 80%. No entanto, ela ainda não chegou numa faixa de 60% o que não nos permite a segurança de reverter o perfil completo dos hospitais que são referência Covid-19 para início de uma retomada gradual da oferta de leitos hospitalares para outras especialidades médicas.

No momento em que a ocupação geral do estado quando baixar de 70% iniciaremos, então, pelo Hospital Dório Silva, na Serra, a reversão parcial dos leitos hoje destinados para Coronavírus para também atender pacientes que apresentem outras condições de saúde. Na próxima semana, havendo a ocupação hospitalar abaixo de 70% iremos iniciar migração.

O indicador de 70% sempre será um indicador para a migração de leitos para outros perfis. Na medida que migrarmos leitos para outros perfis, a ocupação obrigatoriamente subirá para entre 70 e 80% que será a faixa de segurança para as decisões da reversão do perfil dos hospitais. Na medida em que ocupação for reduzido de maneira sustentada, que consigamos voltar a reverter o perfil dos hospitais, somente uma nova onda de casos que possa elevar a pressão por serviços hospitalares será capaz de nos fazer rever novamente o perfil das unidades. Sempre que a ocupação chegar a 80% iremos ampliar a oferta de leitos, quando ela baixar de 70% nós iremos reverter perfil de leitos para pacientes com Coronavírus para leitos não Coronavírus. Vamos ajustar o tamanho da rede hospitalar de acordo com o comportamento da epidemia no Estado”.

Contratualização

“Reduzindo a ocupação hospitalar sustentada ao longo do mês de agosto, a Sesa vai reavaliar a contratualização com hospitais privados, podemos prorrogar contrato da compra de leitos por um prazo de 30 dias para ter uma margem segura da retomada do perfil dos hospitais próprios. Efetuamos uma contratualização com a rede privada em um modelo diferente que era feito no passado. Dentro da política nacional de atenção hospitalar existe um instrumento jurídico que é um instrumento da contratualização que não é a simples compra de serviço ou da diária do hospital.

Na contratualização, o hospital habilita os leitos de parte dos serviços que ele oferta dentro do Sistema Único de Saúde, passando a dedicar aqueles leitos exclusivamente para a saúde pública, estatizando aquele leito, transformando o leito em um leito Sistema Único de Saúde de maneira que o Estado tem todo o poder regulatório sobre o acesso para aquele leito. Estabelecemos com a rede privada do Espírito Santo essa modalidade de relação contratual que já era praticada nos hospitais filantrópicos. Os filantrópicos já tinham esse tipo de relação mediante a contratualização e passamos a adotar também essa relação com o setor privado. O que representou um grande salto na relação do Estado com a iniciativa privada, permitindo que o respeito ao Artigo 8080 da Constituição Federal que destaca que ‘a rede privada poderá participar do Sistema Único de Saúde mediante a contratualização como uma atividade complementar àquela que ofertada pelo sistema’”.

Estabilidade: Luiz Carlos Reblin

“Os dados demonstram uma certa estabilidade na incidência da doença, com uma diminuição na Grande Vitória, mas ainda com uma faixa de aceleração no interior do Estado. Portanto, ainda não é possível decretar que essa doença está se encerrando. Precisamos de um tempo maior, sempre a partir da semana vigente em diante de queda sustentada nesses indicadores para que tenhamos segurança para flexibilizar atividades. As atividades possíveis de liberação até o momento são aquelas bem controladas, onde podemos estabelecer controle, que são mais individualizadas. Não podemos permitir eventos, shows, etc.”

 

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