30/11/2020 10h53

Boletim da Receita aponta que óleo de soja é o produto que mais encareceu durante a pandemia

O produto da cesta básica que ficou mais caro durante os meses da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) foi o óleo de soja, segundo aponta a 7ª edição do Boletim da Receita Estadual - Impactos econômicos da Covid-19, publicado nesta segunda-feira (30). De acordo com o estudo da Secretaria da Fazenda (Sefaz), entre março e outubro o preço do óleo de soja subiu, em média, 70,1% em todo o Estado.

Ainda segundo a publicação, na sequência aparecem o arroz (62,6%), o feijão (38,4%) e a batata (25,4%). “Esses dados mostram, nitidamente, o impacto da pandemia para a população capixaba - sobretudo para a população de menor renda”, avalia o auditor fiscal e gerente de Arrecadação e Cadastro, Leandro Kuster.

O relatório apresenta ainda a manutenção do aumento do número de empresas em setembro e outubro (26,9% e 19,8%, respectivamente, na comparação com os mesmos meses de 2019). No entanto, ao se analisar todo o período da pandemia, percebe-se que os números de 2020 estão no mesmo patamar do que o registrado em 2019.

Situação semelhante é observada na análise de faturamento do setor varejista. Em setembro e outubro o crescimento foi, respectivamente, de 13,2% e 14%. Porém, ao comparar os dados de março a outubro de 2020 com o período correspondente em 2019, observa-se que o crescimento foi de apenas 0,65%.

“Ainda que os últimos meses tenham apresentado bons resultados, quando avaliamos todo o período da pandemia observamos que os números de 2020 encontram-se estáveis na comparação com 2019. Para que a recuperação seja cada vez mais progressiva o governo estadual anunciou, na última semana, um plano robusto para estimular a recuperação econômica. São investimentos importantes em diversas áreas e que, certamente, vão apresentar um resultado positivo para a economia e para a população capixaba”, comenta o secretário de Estado da Fazenda, Rogelio Pegoretti.

Convivência Consciente

Para fazer com que a retomada econômica do Espírito Santo seja cada vez mais concreta, o governador do Estado, Renato Casagrande, lançou, na quinta-feira (26), o Plano Espírito Santo - Convivência Consciente, um conjunto de ações envolvendo órgãos do poder público e o setor produtivo para promover o desenvolvimento econômico, priorizando as pessoas com objetivo de reduzir os impactos sofridos pela população capixaba em decorrência da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19).

São previstos quase R$ 33 bilhões em investimentos do Governo do Estado, Federal e do setor privado até o final de 2022. A estimativa é de que sejam criadas mais de 100 mil vagas de emprego.

O Plano é resultado de um grande pacto que foi selado entre o poder público e o setor produtivo para o enfrentamento dos desafios impostos pela pandemia, exigindo que as ações sejam executadas a partir de uma visão interdisciplinar e multisetorial com foco em respostas inovadoras. Ao todo, serão sete eixos de atuação: Desburocratização; Medidas Tributárias; Crédito e Financiamento; Monitoramento dos Impactos na Economia; Aceleração dos Investimentos Públicos e Privados; Inovação e Tecnologia e Geração de Emprego e Renda.

“Chegamos a nove meses de gestão com esse desafio e precisamos aprender a conviver com a pandemia. Nossa orientação tem sido sempre debater com todos os setores para mitigar os impactos à sociedade capixaba. Para isso, criamos este Plano, em que temos a previsão de gerar 100 mil empregos para que possamos enfrentar esse ano de 2021, que também será de convivência com a pandemia, pois ainda não existe um plano de imunização nacional por parte do Governo Federal”, disse o governador ao lançar o Plano.

Veja aqui o toda a apresentação do 7º Boletim da Receita Estadual - Impactos econômicos da Covid-19:

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