17/02/2020 13h07

Alunos da Escola Estadual Oral e Auditiva de Vitória conquistam vaga no Ensino Superior Público

Os alunos da Educação Especial, Davi Schimidt dos Santos e Cássio Celestino dos Santos Júnior, não encontraram obstáculos na hora de disputar uma vaga no Ensino Superior Público, em que foram aprovados em 2020. A conquista é fruto do esforço de cada um e, também, do trabalho desenvolvido pela Escola Estadual de Ensino (EEE) Oral e Auditiva, onde funciona o Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS). 

Na unidade de ensino é desenvolvido um projeto preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na Língua Brasileira de Sinais (Libras), como acessibilidade na promoção ao nível superior. Em 2019, Davi Schimidt, que foi aluno da Escola Oral e Auditiva de Vitória e do Centro Estadual de Ensino Médio em Tempo Integral (CEEMTI) Fernando Duarte Rabelo, passou no curso de Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Cássio Celestino dos Santos Júnior, aluno apenas da EEE Oral e Auditiva, passou em Matemática, no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes).

A iniciativa começou em 2018, pelas profissionais da Educação Especial da Rede Estadual, Renata Monteiro e Kelly Christ, que apresentaram a proposta para a diretora Eliane Telles, que entendeu a proposta e percebeu o quanto os alunos ganhariam com o projeto.

“Apesar de a lei garantir o uso da Libras, muitos surdos não dominam a Língua Portuguesa escrita, colocando-os em desvantagem quando necessitam realizar leituras e escritas, pois os surdos não aprendem da mesma forma que pessoas não surdas. Os resultados apresentados foram a melhor compreensão dos conteúdos sendo ministrados na língua dos alunos, a Libras, capacitando-os na melhor interpretação de enunciados e produções textuais”, explicou a pedagoga da EEE Oral e Auditiva de Vitória, Renata Monteiro.

Além das aulas preparatórias para o Enem serem em Libras, foram utilizados recursos visuais para que tivessem melhor entendimento entre conteúdo e língua. Os estudantes surdos realizaram simulados como ocorre no dia do Exame para que pudessem vivenciar as dificuldades e poder melhorar a aprendizagem. “A Escola Oral e Auditiva preocupa-se com a acessibilidade de seus alunos em um Exame que é tão esperado e cria expectativas de futuro dando-lhes a inclusão como direito”, afirmou Renata Monteiro.

Neste ano, também foram aprovados dois alunos para o nível médio no Ifes: Larissa da Hora, em Turismo; e Antônio Fernando Davim Banks, em Mecânica.

 

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